A deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania-DF) afirmou, na noite desta segunda-feira (27), que preparava uma homenagem ao aniversário de 52 anos de Ceilândia, a mais populosa região do Distrito Federal, quando soube da morte do DJ Jamaika, ícone da cidade quando o assunto é black music.
“Estávamos preparando um vídeo maravilhoso para Ceilândia, com várias personalidades que fizeram Ceilândia ser Ceilândia. O nosso primeiro personagem foi o nosso DJ Jamaika. Nós tivemos quatro horas de gravação contando a história de como o hip hop levou Ceilândia para o mundo. Infelizmente, perdemos nosso amigo na semana passada e estamos aqui, agora, relembrando desse grande homem que levou Ceilândia pro mundo”, disse.
No documentário comemorativo, o DJ Jamaika, que foi diagnosticado com um câncer na coluna, participou das conversas sob uma cadeira de rodas, em decorrência das dificuldades imputadas pela enfermidade.
Ele tinha 55 anos e é um dos principais nomes que levou a cultura de Ceilândia para todo o país. O artista morreu na manhã da última última quinta-feira (23).
“A gente conseguiu colocar Ceilândia no mapa, porque ela não existia. Era só um lugar totalmente marginalizado. Todo mundo falava mal da Ceilândia, ninguém queria ouvir falar dela. Eu era moleque, morava em Taguatinga, e meu pai, que era policial civil, falava: não quero você andando na Ceilândia”, afirmou o DJ durante a gravação.
Veja o vídeo da homenagem: