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Depois de Alok, já dá para Brasília sonhar com Beyoncé na festa dos 65 anos

Que Alok é um genial fenômeno brasileiro, isso não se discute. Capa da mais recente edição da revista GPS Brasília, o DJ e produtor musical transformou a Esplanada dos Ministérios em uma grande rave do bem, com espaço para paz, culto aos nossos ancestrais e mensagens positivas na celebração dos 64 anos da fundação da cidade criada por outros gênios, como Juscelino Kubitschek, Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. Não faltou nada e nem ninguém nas mais de duas horas de releituras músicais e parcerias.

Aos 32 anos, filho dos também DJs Swarup e Ekanta Jake e irmão gêmeo do também notável DJ Bhaskar, Alok teve seu nome sugerido pelo famoso guru indiano Osho. Em sânscrito, significa “luz”, e isso foi a tônica do show. Não apenas pela pirâmide repleta de recursos tecnológicos e de iluminação, onde se apresentou para uma plateia interessada em curtir. Mas, sobretudo, pela aliança com os mais diferentes músicos.

Era de se esperar que seus parceiros do projeto “O Futuro é Ancestral”, aliança musical com os povos Huni Kuin, Guarani Kaiowá, Yawanawa, Xakriabá e Guarani Mbyá, tivessesm espaço na noite. Mas o menino cujo nome foi iluminado por Osho desdobrou-se na recepção e parcerias com os mais diferentes artistas, dando seu toque especial. Assim, direto do povoado maranhense de Cajazeiras, Naldinho dos Teclados fez um duo com seu ídolo, em um momento emocionante e, ao mesmo tempo, descontraído da noite.

Essa generosidade do DJ, que viveu em Águas Claras por anos e estudou no La Salle, alcançou também um conterrâneo: Pedrinha Moraes, goiano que transformou o hit de 1995 do falecido John Paul Larkin, ou Scatman John, no atualíssimo “Pi-Po-Po-Po-Ro-Po”. Como um homem agradecido e ex-estudante de relações internacionais da Universidade Católica de Brasília, Alok também colocou no palco o norte-americano-brasileiro Marcos Zeeba, cujo remix de “Hear me Now”, feito com o DJ Bruno Martini o catapultou para o topo das plataformas digitais.

E não parou por aí: Hungria e Nando Reis também passaram pela pirâmide. E houve espaço até para um remix digital do clássico “Borbulhas de amor (Tenho um coração)”, agora em parceria com Fagner, que selou a paz com quem é, sem dúvida alguma, 100% da paz.

Secretário de Cultura, Cláudio Abrantes admitiu que o nível das atrações do 21 de Abril ficou mais alto. Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Em meio à apresentação, acompanhada de perto pela vice-governadora Celina Leão, que desceu do camarote e foi para a pista, o GPS Brasília encontrou o incansável secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Cláudio Abrantes. Em um papo animado, ele nos contou que Alok foi agraciado com a Medalha do Mérito Distrital da Cultura Seu Teodoro. A solenidade de entrega está marcada para este domingo (21), às 15h, no Espaço Oscar Niemeyer.

Abrantes detalhou ainda a engenharia e a logística para trazer Alok, que foi complexa. Mas destacou que o DJ foi decisivo, contribuindo com R$ 2 milhões e também conciliando uma agenda repleta. Também agradeceu à parceria do BRB, Vivo, da montadora chinesa GMW e da fabricante da cerveja Estrella Galícia. Perguntado pela ausência de marcas e empresas locais, Abrantes foi elegante, dizendo apenas que espera maior adesão no próximo ano. 

O secretário de Cultura admitiu que, após uma apresentação de um ídolo mundial, o sarrafo subiu e o público candango vai querer mais nomes de relevo. Faço, então, uma lista de nomes de peso, do naipe de Alok. Um deles faz o olhar de Abrantes faiscar: o da texana Beyoncé, uma joia de altíssimo quilate para uma data tão importante. 

“Quem sabe? Seria um nome excelente para os 65 anos da capital”, responde, antes de seguir para celebrar com o filho Bejnamim, de 10 anos. 

Fica a provocação final: depois de tudo que Alok fez na Esplanada, não está na hora de o empresariado local associar-se à festa e bancar uma estrela deste porte? Afinal, o planejamento para a festa dos 65 anos da capital de todos os brasileiros começa nesta segunda-feira (22).

Que venha Beyoncé!

Jorge Eduardo Antunes

É jornalista com uma carreira de mais de 34 anos, já tendo trabalhado em diversas redações, assessorias e também no rádio. Atua como editor e publisher do GPS.

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