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Defesa de Bolsonaro sobe o tom após liberação de sigilo de depoimentos

Sem citar nomes, Fábio Wajngarten ataca "focas adestradas" que "se portam como amigos de infância"
Sem citar nomes, Fábio Wajngarten disse que "focas adestradas" falavam o que queriam para ganhar atenção e agora "se portam feito melhores amigos de infância de quem sempre repudiaram"
Sem citar nomes, Fábio Wajngarten disse que "focas adestradas" falavam o que queriam para ganhar atenção e agora "se portam feito melhores amigos de infância de quem sempre repudiaram". Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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O advogado Fábio Wajngarten, que foi secretário de Comunicação no governo Jair Bolsonaro, subiu o tom em defesa do ex-presidente nesta sexta-feira, 15, depois que os ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica admitiram em depoimento à Polícia Federal que foram sondados sobre um plano de golpe.

Os depoimentos dos militares e de outros investigados no inquérito do golpe foram tornados públicos nesta manhã, depois que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), levantou o sigilo das declarações prestadas à PF.

Fábio Wajngarten é um dos advogados de Bolsonaro no caso. Sem citar nomes, ele foi às redes sociais rebater as acusações dirigidas ao ex-presidente.

“Tem um monte de focas adestradas, bajuladores natos, que falavam o que queriam para ganhar segundos de atenção e notoriedade. Quando apertados, se escondem e ou se portam feito melhores amigos de infância de quem sempre repudiaram”, escreveu

“São notas de 3. São amigos do poder da vez. A insignificância é a maior e melhor característica. Engodos lato senso. Deslumbrados pelos microfones, garçons e motoristas. Medíocres “

Em depoimento, o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, atribuiu ao ex-presidente a articulação de reuniões com comandantes das Forças Armadas para discutir “hipóteses de utilização de institutos jurídicos como GLO (Garantia da Lei e da Ordem), estado de defesa e sítio em relação ao processo eleitoral”.

O ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior, também relatou à Polícia Federal que Bolsonaro aventou a possibilidade de golpe. Em outro trecho do depoimento, afirmou que se retirou de uma reunião com o ex-presidente e se recusou a receber uma proposta de decreto golpista.

Além dos depoimentos, outro indício complica a situação do ex-presidente: o áudio enviado por Mauro Cid que sugere que Bolsonaro ajudou a redigir e editar uma minuta de golpe.