A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nas alegações finais apresentadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), que ele nunca atuou para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que sempre defendeu a democracia e o Estado de Direito.
No pedido para tentar a absolvição do político na Suprema Corte, os advogados negaram qualquer participação do ex-mandatário em suposta conspiração para promover um golpe de Estado.
Eles sustentaram que as acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR) são “fruto de ilações” e de interpretações de atos e falas “descontextualizados”, sem provas de que Bolsonaro tenha atentado contra o livre exercício dos Poderes ou instigado terceiros a fazê-lo.
A PGR, por outro lado, aponta o ex-presidente como “líder do grupo” responsável pela articulação e principal beneficiário do plano, caso tivesse tido êxito.
A defesa ainda afirmou que Bolsonaro não tinha conhecimento dos supostos planos e manteve, durante o período, atividades relacionadas à transição de governo.
Os advogados pedem a absolvição por ausência de provas e argumentam que “não há crime” nos fatos narrados pela acusação.