Com base nos dados recentemente divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Unafisco Nacional atualizou a defasagem da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). Foi constatada uma defasagem de 134% na faixa de isenção, considerando a correção em 2023 para R$ 2.112 ao mês, e de 159,6% nas demais faixas. As informações são do Correio Braziliense.
Segundo as informações do IBGE, a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), teve um aumento acumulado de 4,62% em 2023. De acordo com as estimativas da Unafisco, se a correção integral de 134% fosse aplicada, o piso de isenção seria de R$ 4,9 mil. Além disso, o valor de dedução do desconto padrão, atualmente em R$ 16,7 mil, subiria para R$ 43,5 mil com a correção de 159,6%.
Durante a campanha presidencial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia prometido aumentar o limite de isenção do IRPF para R$ 5 mil. Contudo, devido às restrições orçamentárias e à ausência de medidas para redução de gastos desnecessários, a área fiscal permanece como um desafio para o governo.
O levantamento da Unafisco abrange o período de defasagem desde 1996. Segundo Mauro Silva, presidente da entidade, a correção integral da tabela isentaria 13,6 milhões de contribuintes, resultando em uma economia estimada de R$ 202 bilhões para os bolsos dos pequenos contribuintes.
“A Unafisco Nacional reitera a urgência de revisão na reforma tributária, sugerindo a possibilidade de a classe média compensar os acréscimos relacionados aos serviços no Imposto de Renda”, informou a nota da entidade que defendeu a necessidade do Congresso “atender as demandas da classe média, a fim de evitar impactos injustos decorrentes de uma possível majoração tributária na reforma em curso”.