De volta a carreira solo, Bella Rocha lança versão de Quero ser Feliz Também

Na última quarta-feira, 22, Izabella Rocha lançou o segundo single do álbum Bella Ao Vivo, a música Quero Ser Feliz Também. O ‘remake’ é velho conhecido da cantora, já que grande parte de sua carreira, 10 anos, a artista compôs o elenco original da banda brasiliense Natiruts. Em 2016, decidiu seguir carreira solo, o que não a impediu de fazer diversas parcerias com os antigos parceiros de turnês, como a última ‘Good Vibration‘.

 

 

Desde 2018, Izabella já lançou dois álbuns Gaia e Bella. Para além do reggae, suas canções autorais mesclam jazz, soul, samba jazz e bossa nova, e claro, o seu ritmo favorito e de berço. Além da releitura lançada, Bella também trouxe como primeiro single do novo álbum uma versão de Presente de um Beija-Flor, outro clássico de Natiruts. 

 

Bella é mãe de três filhos e uma curiosidade é a paixão pelos esportes. Já iniciou o curso de educação física, mas acabou abandonando para seguir a estrada com o Natiruts. A artista, no entanto, não é só um sucesso na música, ela já recebeu diversas medalhas em competições esportivas, sendo, por exemplo, a primeira campeã brasiliense de duplas mistas no futevôlei. 

 

O GPS Lifetime conversou com a cantora, que contou um pouco sobre como a vida enveredou para a carreira musical e como tem sido este tempo na carreira solo.

 

 

• Quando surgiu o interesse pela música?

Tenho interesse pela música desde pequenininha. Lembro dos meus primeiros LPs infantis. Eu curtia muito ouvir música! Não venho de uma família de profissionais da música ou de compositores, apesar de ser uma família muito musical. Meus pais têm a voz boa, minha mãe sempre cantava para mim cantigas de ninar, tem até canções dela que a família inteira ouviu, porque eu e minha irmã aprendemos e cantamos para nossos filhos. Brinco que ela é compositora de cantigas de ninar.

 

Fui a primeira a enveredar pelas trilhas musicais. Sempre tive voz, me destacava na escola, às vezes, imitava cantores, sabe? Tinha um dom vocal. E o Natiruts foi a minha primeira banda, que para falar a verdade foi um pouco aleatório, já que nunca havia sonhado em ser cantora. 

 

• Como foi o tempo em que esteve com o Natiruts e como entrou na banda?

Entrei logo no início, antes de gravarmos o primeiro CD. E foi aqui em Brasília, pois somos todos da capital federal. O Alexandre, o Luis e o Bruno se conheceram na Universidade de Brasília (UnB) jogando futebol. E o Juninho era amigo do Alexandre lá da Asa Sul. Depois que o quarteto começou a ensaiar, chegamos eu e o Kiko, quando nos tornamos os seis da formação inicial. 

 

A partir daí gravamos uma fita demo, depois veio o primeiro CD. E digo que nosso encontro foi aleatório, porque eu sempre fui regueira, desde adolescente gostava muito do ritmo musical. E aí, ouvi falar da banda que havia tocado na casa de um amigo e Brasília, nos anos 1990, todo mundo se conhecia, então tudo que acontecia ficávamos sabendo.

 

E aí, fui convidada pelo Juninho para um ensaio, o convite veio em um show da Tribo de Jah, na Esplanada. Fui, e como já era regueira de carteirinha, já estava com metade do repertório na manga. No começo era Liberdade para Dentro da Cabeça, do próprio Natiruts; aí veio uma do Bob Marley; daqui a pouco Presente de um Beija-Flor; outra do Bob. Então eu sabia todas que foram tocadas do Bob, porque eu era fã. E foi quando eles ficaram impressionados e me incluíram no grupo.  

 

• Quando o álbum Bella Ao Vivo será lançado?

O álbum Bella Ao Vivo é a comemoração de 25 anos de carreira. Gravei em 2021 e, logo depois, voltei para o Natiruts na tour Good Vibration. Então segurei o lançamento um pouco, e aí no meio do ano passado lancei o single Presente de um Beija-Flor. 

 

Agora estou lançando Quero ser Feliz Também, que foi uma composição em parceria com os meninos do Natiruts. Pretendo lançar singles, e não o álbum de uma vez. Hoje em dia mudou um pouco o formato, antigamente se lançava discos, mas agora a maioria dos artistas vão lançando música a música. 

 

• Tem alguma música inédita no novo álbum? Teremos mais releituras?

Temos música inédita, sim! Se chama Carta para Ele, uma canção que escrevi inspirada em uma peça de teatro em que atuei — eu estudo teatro também. É bem diasistica, bem gipsy jazz e tropical. 

 

O Bella Ao Vivo contempla também as música do Bella, meu álbum de 2020. Nessa época já estava bem influenciada pelo jazz, estava tocando bastante aqui em Brasília em vários eventos. Misturava reggae com jazz, bossa com jazz. Então, haverá também mais releituras, como de La Vie en Rose, da Piaf; No More Trouble, do Bob Marley; e Misteriosa Canção, que é minha também e foi até gravada pelo Natiruts. Serão nove músicas ao todo.

 

• Quais são seus principais hobbies?

Adoro praticar esportes. Sempre fui apaixonada! Fui atleta de voleibol, na época juvenil, ganhei cinco brasileiros. Já fui também para o polo aquático, quando ganhei o terceiro lugar do brasileiro. Fui atleta de Futevôlei e a primeira campeã brasiliense de duplas mistas. 

 

Gosto de surf também. Aqui em Brasília é mais difícil, mas temos diversidade também, como a canoa havaiana, o ‘wake’, o ‘stand up paddle’, o ‘kate surf’… Há opções radicais no planalto central. Mas é raro eu praticar por aqui. Surfo mesmo quando vou para a praia, esse ano até passei o meu aniversário no Peru, em uma cidade conhecida pelo pico do surf. 

 

• Como tem sido esse momento da carreira solo?

Estou retomando agora, porque depois de 15 anos fora do Natiruts, retornei para a turnê. Estou no terceiro disco da carreira solo, juntando com a banda e outro grupo que formei o In Natura, são 11 álbuns.

 

Também tenho o documentário do meu primeiro disco solo. Falo sobre o sagrado feminino e foi gravado na Chapada. É um álbum todo autoral lançado em 2016, assim que fiz 20 anos de carreira. E no meio disso tudo, ainda tive os meus três filhos. A Elis, por exemplo, chegou enquanto gravava o Gaia. E o Bella, apesar de ter sido lançado em 2018, chegou mesmo com os singles durante a pandemia. E agora o Bella Ao Vivo.