Raphael Oliveira Nascido em Ubaitaba, no sul da Bahia, Regis cresceu cercado pelas águas do Rio de Contas, em uma cidade conhecida como a terra das canoas. Foi ali que nasceu o canoísta olímpico Isaquias Queiroz, e também onde Regis aprendeu, desde cedo, que a vida exige coragem para remar contra a correnteza.
Quando chegou a Brasília, em 2011, trouxe consigo apenas a vontade de construir algo maior. Começou como copeiro em um restaurante do Setor de Clubes Sul e, ao longo de oito anos, passou por diferentes funções: auxiliar de garçom, garçom, barman, almoxarife e até o setor de logística. Aprendeu cada detalhe do funcionamento de um grande restaurante, mas sabia que sua história não terminaria ali.
O convite de um amigo para trabalhar em uma hamburgueria abriu caminhos. Além de um ambiente mais tranquilo, o trabalho noturno lhe deu algo ainda mais valioso: tempo. Com as manhãs e tardes livres, Regis pôde se dedicar aos estudos e buscar sua verdadeira vocação.
Mas a maior mudança em sua vida veio em 2015, com a chegada de Helen Sophia. O nascimento da filha transformou sua visão de mundo. Com apenas uma hora de vida, ela passou pela primeira cirurgia devido à mielomeningocele, uma condição rara que afeta a medula espinhal e compromete a mobilidade das pernas. Desde então, Helen nunca permitiu que a cadeira de rodas limitasse seus sonhos. Regis encontrou na filha um exemplo de superação, e foi por ela que decidiu contar histórias que inspiram e transformam.
O curta-metragem Helen – Além das Barreiras nasceu desse desejo. Financiado pela Lei Paulo Gustavo, o filme deu a Helen o papel de protagonista não apenas na tela, mas na própria vida. Ao lado dos colegas da escola, ela mostrou que inclusão não é um favor, mas um direito. Regis, que assinou o roteiro e a direção, viu no cinema um caminho para ecoar essa mensagem.
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Hoje, o baiano que virou candango, segue firme na construção dessa nova trajetória. Com projetos audiovisuais em andamento, busca contar histórias que fazem a diferença, mostrando que não importa de onde viemos, mas sim a coragem que temos para seguir em frente.
Assista o curta-metragem
