Atualmente, no Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas vivem com alguma forma de **demência** e o número só cresce, segundo dados do **Ministério da Saúde**. As demências em geral acabam por serem ‘normalizadas’ no processo de **senilidade** por se tratar do declínio geral das nossas **habilidades mentais** como memória, linguagem e raciocínio, que apontam para a disfunção cognitiva, o que retarda o diagnóstico da doença, – por justamente estar no processo natural da vida – mas é por este motivo que se dá a real importância de um diagnóstico assertivo e o cuidado necessário.
A demência traz **limitações** das atividades diárias e afeta diretamente as relações interpessoais, por isso, há o medo de encarar o envelhecimento com tranquilidade, já que o processo senil e as **mudanças** vão além do corpo físico, influenciando a **saúde mental**. O que preocupa a população é o fato de, no futuro, a **lucidez** e a **cognição** restringirem a tomada de decisões e até mesmo a limitação de cuidar de si próprio na geração do estado de dependência.
![(Foto: Unsplash)](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/georg_arthur_pflueger_Te_Ww_YA_Rfc_M4_unsplash_f8aa3417cd.jpg)
_”Mas devemos considerar que existem formas de prevenir ou retardar os sintomas da demência e que isso, sim, pode ser iniciado agora, independentemente da idade”_, afirma **Rafaela Mattos**, Psicóloga da Vibe Saúde, Especialista em Saúde, Pós-graduada em Gestão de Pessoas e Pós-graduanda em Saúde da Mulher, com experiência em processos de saúde-doença e Relações Interpessoais. _”É preciso cuidar da saúde do corpo e da saúde da mente igualmente ao longo da vida e de uma forma atenta”_, completa.
Rafaela ainda traz **dicas** de saúde que podem ser implementadas no dia a dia e que estão relacionadas ao **cuidado preventivo**, que podem ser parte da nossa rotina, além de estimularem substâncias **neurotransmissoras** que causam bem-estar e uma vida mais feliz e equilibrada. São elas:
– Seguir uma alimentação saudável com uma boa hidratação ao longo do dia;
– Fazer exercícios físicos regularmente, dos mais simples que sejam. Uma caminhada ao longo do dia com o pet, por exemplo, já é uma forma de movimentar o corpo;
– Se permitir ter tempo para respirar. Sair do automático;
– Controle da ansiedade com acompanhamento terapêutico;
– Controle da ansiedade por meio de exercícios físicos também vale. Uma prática de yoga ou meditativa ou até mesmo uma aula de dança. Atividades que integrem o corpo e a mente são ótimas;
– Evitar o excesso de álcool;
– Ler e acessar informações com frequência, seja por meio de notícias ou novos estudos (uma nova língua, por exemplo), testes de conhecimento, entre outros. – – Qualquer estímulo intelectual é válido e de extrema importância;
– Ter amigos! A vida social nos proporciona flexibilidade mental e apoio emocional;
– Ter uma boa qualidade de sono. Dormir bem é essencial O sono é fundamental no processo de memorização e retenção das informações.
No entanto, não é só com o cuidado individual que é importante se ater quando se fala sobre as demências. **Familiares, amigos, colegas, cuidadores** de pessoas com demência também devem ser olhados com cuidado. É necessário que essas pessoas também se cuidem. O contexto de **estresse** e **ansiedade** no qual se está inserido pode ser igualmente impactante. Além disso, este papel é pouco reconhecido e valorizado pelo restante da família e sociedade como um todo.
![(Foto: Unsplash)](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/artyom_kabajev_adu_Pj_Jv_Dx4_unsplash_e798b45143.jpg)
Não raro se percebe o **esgotamento físico e mental** dos cuidadores, com **prejuízos** em sua vida pessoal, profissional, financeira e social, que apontam para a necessidade de implementação de **serviços** de saúde que funcionem como suporte para eles, bem como para a importância de uma rede de apoio articulada que dê conta de ampará-los. Sempre que possível, pessoas envolvidas no convívio com pacientes com demência devem buscar também ajuda profissional.
A Especialista em Saúde, Rafaela, atenta aos **cuidados** com pacientes com demência:
– É importante ser objetivo na comunicação;
– Usar sempre um tom de voz calmo e gentil ao falar com eles;
– Jamais as pessoas devem infantilizar as pessoas com demência;
– Durante a comunicação com esses pacientes, é importante minimizar as distrações e barulhos externos;
– Fazer sempre o contato visual e chamar a pessoa pelo nome;
– Fornecer tempo de resposta necessário, por mais longo que seja, e nunca interromper a fala deles.
>”Certamente, este é um tema que extrapola o cerne da nossa vida para entrar nos âmbitos de políticas públicas, educação e cuidados integrais com a saúde. E como tal, precisa ser constantemente revisitado e debatido. Por isso, entendo que os cuidados consigo e com os outros são um convite a pensar mais em soluções e estratégias para a proporção de mais qualidade de vida para todos”, encerra Rafaela.