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Crescimento econômico será influenciado pelo agronegócio, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, demonstrou um otimismo tímido, mas confiante, em relação ao crescimento da economia brasileira no ano de 2023. Em entrevista, neste sábado (29), para o canal no YouTube da TV GGN, Haddad abordou as perspectivas para o PIB do país e o impacto da taxa básica de juros, a Selic, sobre essas previsões.

 

Segundo o ministro, o crescimento econômico em 2023 será influenciado, de forma preponderante, pelo desempenho positivo do agronegócio durante o primeiro semestre do ano. Essa performance deverá compensar o desaquecimento previsto para o segundo semestre, que, de acordo com Haddad, é, em grande parte, causado pelos juros altos.

 

Ele enfatizou que o crescimento concentrado no primeiro semestre já apresentava sinais de desaceleração a partir de maio, tornando necessário, em sua opinião, um corte na taxa Selic ainda nesse período. O ministro criticou o perfil “bastante conservador” do Comitê de Política Monetária (Copom), argumentando que uma redução para 13,25% seria uma sinalização, mas ainda insuficiente para impulsionar a economia.

 

Em relação às expectativas para a taxa Selic até o fim do ano, Haddad reiterou sua esperança de que a mesma chegue ao máximo de 12%, buscando estimular a atividade econômica.

 

As projeções do Ministério da Fazenda para o crescimento do PIB até o final do ano são de uma alta de 2,5%, superando a previsão anterior de 1,9%. Além disso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) também revisou sua estimativa, aumentando-a de 1,2% para 2,1%.

 

A reforma tributária também foi abordada pelo ministro durante a entrevista. Haddad ressaltou a importância de dar transparência às exceções tributárias incluídas pelos deputados no texto, que passou pela Câmara e agora tramita no Senado. Ele expressou o desejo de que os senadores “limitem” o texto, deixando-o “mais enxuto” e revelou que o objetivo é mostrar, com transparência, o custo de cada exceção no novo imposto, o Imposto Sobre o Valor Agregado (IVA).

 

O ministro enfatizou que é necessário debater e justificar cada exceção, uma vez que estas podem aumentar a alíquota padrão do IVA e afastar-se dos objetivos desejados pela sociedade. Além disso, ele mencionou que a retirada de impostos da cesta básica já possui justificativas, mas outras exceções devem ser analisadas com cautela.

Com agências

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