Redação GPS A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) realiza nesta terça-feira (26/8), às 9h, sua primeira reunião de trabalho. Após a instalação em 20 de agosto, o colegiado começa agora a deliberar sobre regras de funcionamento e as primeiras convocações. Já são 910 requerimentos protocolados à espera de votação.
Grande parte dos pedidos trata da convocação de investigados e autoridades ligadas ao escândalo revelado em abril pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU). Entre eles, estão solicitações para ouvir o ex-presidente Jair Bolsonaro, apresentadas pelos deputados Rogério Correia (PT-MG) e Alencar Santana (PT-SP). A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) também pediu a presença dos ex-presidentes Dilma Rousseff e Michel Temer, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O nome mais citado é o de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “careca do INSS”, alvo de 15 requerimentos, incluindo pedidos de quebras de sigilo bancário e análise de movimentações pelo Coaf. Em seguida aparece o ex-ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira (à época nomeado como Ahmed Mohamad Oliveira Andrade), com 13 convocações solicitadas. Também estão na lista o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto (12 pedidos), o ex-ministro Carlos Lupi (11) e o atual titular da pasta, Wolney Queiroz (8).
No total, a CPMI já soma 420 convocações, 59 convites e 178 pedidos de quebra de sigilo, a maioria bancário. Além disso, foram feitos 172 pedidos de relatórios financeiros ao Coaf. A oposição concentra 75% dos requerimentos apresentados.
Com 32 membros titulares, entre deputados e senadores, a comissão tem prazo inicial de seis meses para concluir os trabalhos, prorrogável. O relator, Alfredo Gaspar (União-AL), adiantou que poderá incluir no escopo da investigação supostas fraudes em empréstimos consignados.
