A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro, convocou Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), e Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, para prestarem depoimentos. O objetivo é esclarecer o envolvimento deles nos eventos ocorridos no referido dia.
Além deles, outros nomes ligados ao ex-presidente também foram convocados pelo colegiado. Entre eles estão Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente, e Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Nesta terça-feira (13), foram aprovados também diversos requerimentos relacionados à investigação. Dentre eles, a solicitação de envio à CPI dos relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre os riscos da manifestação do dia 8 de janeiro, bem como arquivos e imagens internas e externas de órgãos do governo, como o Congresso Nacional, o Superior Tribunal Federal (STF), o Palácio do Planalto, o Itamaraty e o Ministério da Justiça.
Outros requerimentos aprovados abrangem informações sobre a defesa do Gabinete de Segurança Institucional durante os ataques, provas não sigilosas produzidas no âmbito do Inquérito n° 4879, conduzido pelo Supremo Tribunal Federal, que investiga os ataques, e outros assuntos relevantes para a apuração em curso.
A lista de nomes que ainda serão votados para comparecer às audiências inclui Elcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde; Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal; Jorge Naime, ex-comandante de Operações da PMDF; Saulo Moura da Cunha, ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF); Robson Cândido, delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal; e os suspeitos de tentar explodir um caminhão-tanque no Aeroporto de Brasília: George Washington de Oliveira Sousa, Alan Diego dos Santos e Wellington Macedo de Souza.