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CPI: PM confirma ter alertado cúpula da SSP sobre confrontos no dia 8/1

Tenente-coronel Jorge Henrique da Silva Pinto era da área de inteligência da pasta, mas foi ignorado pelas autoridades

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O tenente-coronel Jorge Henrique da Silva Pinto, da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), reforçou, nesta quinta-feira (30), que fez pelo menos 7 alertas para a cúpula da Secretaria de Segurança Pública (SSP) sobre os riscos de confrontos entre radicais bolsonaristas e as forças policiais.

 

O militar era coordenador de Assuntos Institucionais da Subsecretaria de Inteligência da SSP e, segundo afirmou para a  Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa (CLDF) que investiga os atos antidemocráticos, tinha a responsabilidade de informar as autoridades, que tinham o poder de tomada de decisão.

 

Segundo Silva Pinto, o ex-secretário Anderson Torres estava em um grupo de WhatsApp por onde as mensagens de alerta foram enviadas. Preso por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), Torres estava nos Estados Unidos durante os ataques registrados no dia 8 de janeiro, em Brasília.

 

Da mesma forma, o militar também disse que não participou da elaboração do plano operacional que resultou numa desastrosa atuação das forças policiais durante as invasões na Praça dos Três Poderes. O coronel disse que era comum a presença nas reuniões estratégicas.

 

[A minha coordenação] não participou da formação do Protocolo de Ações Integradas. Pode ter sido um problema de comunicação interna. Na grande maioria, praticamente todos, participamos da elaboração”, confirmou.

 

Relatório da Polícia Federal (PF) para o Supremo indica que o policial chegou a emitir pelo menos 7 alertas para autoridades antes da depredação dos prédios públicos. As mensagens, contudo, foram ignoradas pelo então comando da Segurança Pública.

 

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