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CPI planeja ouvir dois coronéis da PMDF logo no início de junho

Um deles foi apontado como "omisso" e o outro teria alterado o horário de concentração das tropas, o que teria facilitado os ataques em Brasília

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Na primeira semana de junho, a CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa deve ouvir dois integrantes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF): o coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra e o coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues.

 

O coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra foi apontado como “omisso” por não elaborar um planejamento de segurança adequado para os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro. 

 

Segundo relatório da Polícia Federal, ele tinha um “informante” no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, que o alertou sobre o clima de animosidade e a preparação dos manifestantes para confrontos violentos. O coronel Bezerra encaminhou a mensagem do informante ao coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues.

 

Já o coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, que também será ouvido, na noite anterior aos ataques de 8 de janeiro, alterou o horário de concentração e saída dos policiais que trabalhariam na segurança da Esplanada dos Ministérios. Essa mudança no planejamento de segurança é motivo pelo qual a CPI deseja ouvi-lo.

 

A Polícia Federal concluiu, a partir da análise dos materiais apreendidos na casa e no carro do coronel Paulo José, que houve a falta de um plano operacional adequado para coibir os ataques aos prédios da Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro. 

 

Portanto, a corporação considerou plausível acreditar que o coronel agiu de forma “omissa” diante dos crimes cometidos no evento, ao não elaborar o planejamento operacional do policiamento ostensivo do Distrito Federal.