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CPI: ex-comandante admite erro na segurança pública em 8 de janeiro

Em depoimento à CPI, coronel afirmou que não tinha conhecimento do horário da manifestação

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O coronel Marcelo Casimiro, ex-comandante do 1º Comando de Policiamento Regional da Polícia Militar do Distrito Federal, relatou em depoimento à CPI dos atos antidemocráticos nesta segunda-feira (5), que houve erro de planejamento por parte da PM nos atentados do dia 8 de janeiro.

 

O oficial era o encarregado de determinar os horários dos policiais militares na escala no dia dos atos. Casimiro, contudo, afirmou que não tinha conhecimento sobre o horário em que a manifestação iria acontecer, o que resultou em uma quantidade insuficiente de oficiais no local.

 

“No sábado, não sabíamos o horário e nem o dia em que ocorreria a manifestação. No sábado, enviamos 90 policiais para o local (acampamento do QG do Exército). Naquele momento, quando enviamos os policiais, ocorreu a divulgação de que a manifestação aconteceria na Esplanada. Até aquele momento, só estavam chegando ônibus. Não sabíamos nem o dia nem o horário”, afirmou.

 

O coronel declarou que houve erro de planejamento feito pelo Departamento Operacional da Polícia Militar (DOP-DF), comandado pelo coronel Paulo José, para as ações do dia 8. “A estratégia dos criminosos foi mais eficaz que a nossa”, admitiu.

 

Casimiro também foi questionado sobre a quantidade de oficiais que estavam atuando durante os protestos, que em sua maioria, eram alunos da PM, e não oficiais formados. O militar alegou que toda a determinação partiu também de Paulo José, e que não interferiu em questões fora de suas competências.

 

Além disso, Casimiro também está sendo investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito que analisa a suspeita de omissão por parte das autoridades durante os acontecimentos do dia 8 de janeiro. Os ato resultaram na invasão e na destruição dos prédios públicos dos Três Poderes. Após a intervenção na segurança pública do Distrito Federal, ele renunciou ao cargo.