A CPI do INSS aprovou nesta quinta-feira (11) a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. Apontado como operador do esquema que desviou recursos de aposentados e pensionistas, ele deve prestar depoimento no próximo dia 15.
Segundo a Polícia Federal, empresas ligadas a Antunes funcionavam como intermediárias financeiras das associações envolvidas nas fraudes, movimentando valores que chegavam a servidores do INSS. As investigações identificaram que ele recebeu R$ 53 milhões dessas entidades, incluindo transferências superiores a R$ 9 milhões para pessoas ligadas ao instituto.
A comissão também aprovou a quebra dos sigilos de Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS afastado após a operação da PF, e de Danilo Trento, suspeito de atuar ao lado do ex-procurador-geral do órgão Virgílio de Oliveira Filho. Stefanutto era indicado do então ministro da Previdência Carlos Lupi, que pediu demissão após o avanço das apurações.
Já os requerimentos que pediam acesso a informações fiscais e bancárias do próprio Lupi foram retirados da pauta, em acordo entre governo e oposição.