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Cotado para a Esplanada, Boulos tem resistência no PT e passa a ser alvo da oposição no Congresso

Deputado federal teve o nome ventilado para ocupar a Secretaria-Geral de Governo

 

Com a confirmação de Gleisi Hoffmann (PT-PR) na Secretaria de Relações Institucionais, os próximos ajustes na equipe ministerial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) devem se concentrar na Secretaria-Geral de Governo. Atualmente comandada por Márcio Macêdo, a pasta é alvo de críticas dentro do Palácio do Planalto, especialmente pela condução do diálogo com movimentos sociais.

Nos bastidores, há uma crescente insatisfação com o desempenho de Macêdo, que desde o ano passado figura entre os ministros sob risco de substituição. Embora Gleisi tenha sido cogitada para o cargo, ela demonstrou preferência por assumir a articulação política do governo.

Durante o feriado de Carnaval, a possibilidade de Guilherme Boulos (PSOL-SP) assumir a Secretaria-Geral de Governo ganhou espaço na imprensa. Segundo a Folha de S.Paulo, o próprio presidente Lula teria mencionado o nome do deputado em conversas sobre a reforma ministerial.

Boulos, que foi o deputado federal mais votado em São Paulo nas eleições de 2022, já tentou por duas vezes comandar a Prefeitura da capital paulista, sem sucesso. Sua eventual nomeação representaria um ganho de espaço para o PSol na Esplanada dos Ministérios, mas reduziria a presença do PT, o que pode gerar atritos dentro do partido.

Parlamentares petistas consultados avaliam que a chance de Boulos ser nomeado é pequena, principalmente pelo perfil da Secretaria-Geral, que exige diálogo frequente com setores variados da sociedade civil. Além disso, sua trajetória como líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ainda desperta críticas de políticos mais alinhados ao centro e à direita.

Apesar de ter suavizado seu discurso e ampliado sua base de apoio, Boulos ainda carrega a pecha de “radical” para setores conservadores. Aliados do governo temem que sua nomeação possa gerar reações negativas e dificultar negociações no Congresso.

Do outro lado, recentemente, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL) criticou, nas redes sociais, a possível escolha de Boulos para integrar a equipe do Palácio do Planalto. A troca de farpas aconteceu na quarta-feira (5), após Nogueira ironizar a possível indicação de Boulos para a Secretaria-Geral de Governo do presidente Lula (PT).

O parlamentar piauiense afirmou que a nomeação do líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) para um cargo no Palácio do Planalto seria um sinal de que o governo está “sem rumo e sem chão”.

Boulos não deixou a provocação passar e respondeu diretamente no X (antigo Twitter). “Entendo seu desespero. Seu chefe vai ser preso e você vai perder a eleição para o Senado no Piauí”, afirmou o deputado, em referência ao cenário político envolvendo Jair Bolsonaro e os desafios eleitorais do Progressistas em 2026.

 

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