O corpo de Juliana Marins deve chegar ao Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (2/7). Ela morreu após cair de um penhasco quando fazia uma trilha no Monte Rinjani, um vulcão na ilha de Lombok, na Indonésia, no dia 21 de junho.
O traslado será feito pela companhia aérea Emirates. A empresa foi criticada pela família da jovem, que afirma não ter conseguido confirmar o voo que levará o corpo de Bali, na Indonésia, até o Rio de Janeiro.
A família chegou a dizer que “a Emirates em Bali não quer trazer minha irmã para casa”. Há dias, o pai da publicitária, Manoel Marins, está na Indonésia para trazer o corpo de volta ao Brasil.
Em nota, a Emirates afirmou que priorizou a coordenação com as autoridades relevantes e outras partes envolvidas na Indonésia para “facilitar o transporte”. No entanto, segundo a companhia, restrições operacionais tornaram inviáveis os preparativos anteriores.
“A família foi informada sobre a confirmação das providências logísticas. A Emirates estende suas mais profundas condolências à família durante este momento difícil”, completou.
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Relembre o caso
Juliana fazia a trilha no Monte Rinjani quando caiu em um penhasco. Houve expectativa sobre o resgate dela, que era vista por imagens feitas de um drone e ainda se mexia. Na terça-feira (24), equipes de socorro confirmaram a morte. No intervalo entre a a queda e o resgate, a família reclamou da demora em iniciar os trabalhos de busca. O corpo só foi resgatado na quarta-feira (25).
A família alega que houve “negligência” no resgate. No entanto, a Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia, afirm que a brasileira não foi resgatada a tempo por conta das condições meteorológicas, terreno complicado e problemas na logística das operações de socorro.
Autópsia realizada por profissionais da Indonésia concluiu que a turista brasileira morreu em decorrência de hemorragia, provocada por danos a órgãos internos e fraturas ósseas. Segundo os legistas, os ferimentos foram provocados por traumas por contusão, ocorridos algumas horas antes do resgate do corpo. O laudo explica que, após o início da hemorragia, a morte levou menos de 20 minutos para ocorrer.
Traslado
A comoção com o caso fez com que a prefeitura de Niterói se dispusesse a pagar pelo traslado do corpo. Foi repassado à família o valor de R$ 55 mil. Em forma de homenagem, a prefeitura rebatizou de Juliana Marins uma trilha e um mirante da cidade.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou ao Ministério das Relações Exteriores que preste todo o apoio à família. Um decreto publicado sexta-feira (27), no Diário Oficial da União, permite o custeio, pelo governo federal, do traslado de corpos de brasileiros mortos no exterior.