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Cores de novembro: campanhas chamam atenção para saúde masculina, infantil e auditiva

Azul, dourado e laranja buscam trazer conscientização sobre câncer de próstata, câncer infantojuvenil e saúde auditiva

As cores de novembro destacam causas vitais para a saúde e conscientização. No Brasil e no mundo, três campanhas se tornam visíveis neste mês: o Novembro Azul, focado na prevenção e diagnóstico do câncer de próstata; o Novembro Dourado, que aborda o câncer infantojuvenil; e o Novembro Laranja, que chama atenção para a saúde auditiva. Cada uma com uma cor e uma mensagem própria, essas campanhas ajudam a informar, prevenir e apoiar milhões de pessoas.

Novembro Azul

O Novembro Azul é uma das campanhas mais conhecidas do mês e destaca-se por sua importância no combate ao câncer de próstata, o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens brasileiros. No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos por essa doença, que representa 28,6% das mortes de homens com neoplasias malignas.

Na fase inicial, o câncer de próstata geralmente não apresenta sintomas, mas, à medida que avança, podem surgir dores ósseas, dificuldades urinárias e até presença de sangue na urina. A recomendação é que homens a partir dos 45 anos (com fatores de risco) ou 50 anos (sem fatores) realizem o exame de toque retal e o PSA regularmente, práticas que garantem o diagnóstico precoce, essencial para elevar as chances de cura.

A campanha do Novembro Azul nasceu na Austrália em 2003 e, desde então, tem sido uma ferramenta valiosa para promover o cuidado com a saúde masculina. Com o avanço da idade, especialmente após os 60 anos, o risco de desenvolver o câncer de próstata aumenta, assim como em casos de histórico familiar da doença e obesidade. A campanha visa orientar homens a procurar o serviço médico, reforçando que o diagnóstico precoce é o caminho mais eficaz para enfrentar o câncer de próstata e diminuir o número de óbitos.

Novembro Dourado

Já o Novembro Dourado dedica-se ao câncer infantojuvenil, que representa a principal causa de morte por doença entre crianças e adolescentes no Brasil, com cerca de 8 mil novos casos por ano. Criada nos Estados Unidos nos anos 1990 e trazida ao Brasil pela Confederação Nacional de Apoio à Criança e ao Adolescente com Câncer (Coniacc) em 2014, a campanha tem como símbolo o laço dourado e promove a disseminação de informações para facilitar o diagnóstico precoce e o acesso a cuidados especializados.

Apesar de seu alto índice de letalidade, o câncer infantojuvenil é passível de cura quando detectado nas fases iniciais, o que torna a conscientização essencial.

A campanha se estrutura em torno de dados alarmantes e reforça a importância da sociedade estar atenta aos sinais de alerta e ao impacto do diagnóstico precoce na sobrevivência dos pacientes mais jovens. O Novembro Dourado leva a conscientização para escolas, comunidades e famílias, orientando sobre a busca de ajuda médica diante de sintomas suspeitos. Esse movimento é lembrado especialmente no dia 23 de novembro, Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil, destacando a urgência em apoiar jovens e suas famílias no enfrentamento da doença.

Novembro Laranja

Por fim, o Novembro Laranja foca na saúde auditiva, com especial atenção ao zumbido, à misofonia e à hiperacusia. Cerca de 28 milhões de brasileiros convivem com algum nível de perda auditiva ou com zumbido, condição que, por falta de informações, costuma ser ignorada até prejudicar a qualidade de vida.

Desde sua criação em 2006, a campanha alerta sobre o impacto desses problemas e incentiva a população a procurar diagnósticos e tratamentos adequados com profissionais como otorrinolaringologistas e otoneurologistas. Esses sintomas, embora comuns, nem sempre são encarados como problemas médicos, o que aumenta o risco de se tornarem crônicos e impactarem o bem-estar.

A partir de 2017, o Novembro Laranja passou a incluir também a misofonia (intolerância a sons específicos) e a hiperacusia (sensibilidade excessiva a ruídos). A campanha destaca que essas condições auditivas podem acometer qualquer idade e estão muitas vezes associadas a outras alterações do organismo. Por meio da conscientização, o movimento busca reduzir o estigma e encorajar quem sofre desses sintomas a buscar orientação especializada, destacando a importância de cuidar da saúde auditiva em todas as fases da vida.

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