Na última segunda-feira (14), o Museu de Arte de Brasília (MAB) comemorou quatro décadas de história com a apresentação da exposição “Museu Imaginário”, em um coquetel exclusivo para convidados. Com a curadoria de Claudio Pereira, a mostra apresenta aproximadamente 200 obras de diversos períodos e estilos, propondo uma reflexão sobre o legado modernista da Capital Federal. Esta exposição é resultado da combinação do acervo do MAB com o acervo da Coleção Brasília – Izolete e Domício Pereira.
O evento contou com a presença de personalidades importantes do cenário artístico e cultural de Brasília, que puderam apreciar uma coleção rara de obras de Tarsila do Amaral, além de trabalhos contemporâneos de artistas renomados como Cildo Meireles e Beatriz Milhazes. A cena local também foi representada por artistas como Francisco Galeno, Leda Watson, Naura Timm e Betty Bettiol. Um dos principais destaques da noite foi o painel “Exposição e Motivos de Violência”, de João Câmara Filho, que ficou desaparecido há quase 30 anos e agora ocupa um lugar de destaque na mostra.
Para Cláudio Pereira, ex-diretor do MAB e conselheiro do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do Distrito Federal (CONDEPAC), a exposição busca dialogar com a arquitetura modernista do MAB.
“Queremos propor uma reflexão sobre a importância da arte na preservação da memória e na construção de identidades. O MAB, com seu acervo renovado, volta a ser um protagonista nesse cenário, fomentando diálogos e novas interpretações para o futuro”, afirma Cláudio Pereira.
Inaugurado em março de 1987 pelo governador José Ornelas e com Leda Watson como primeira diretora, o projeto é datado de 1960 e conta com a estrutura de Oscar Niemeyer e Joaquim Cardozo. A mostra expande as interpretações artísticas, inspirando-se no pensamento de Malraux, que via a arte como reflexo da imaginação criativa.
Com produção executiva de Danielle Athayde, da Artetude Cultural, a exposição “Museu Imaginário” ficará aberta ao público até 25 de novembro, celebrando o espírito modernista que ainda ressoa no Distrito Federal.