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Copa do Mundo: no Grupo B, a Inglaterra sobra na turma

Favorita como sempre, e quase nunca finalista. Essa é a síntese da Inglaterra, que mais uma vez inicia a disputa de uma Copa do Mundo em busca do título que só veio em 1966, quando jogou o mundial em casa – e, mesmo assim, com a ajuda de uma arbitragem para lá de camarada. Novamente os ingleses despontam em seu grupo, integrado ainda pela zebra Irã e pelas incógnitas seleções dos Estados Unidos e do País de Gales – que volta a uma Copa após 64 anos de ausência.

Com duas Copas do Mundo nas costas como jogador, o treinador Gareth Southgate tem um plantel diferenciado nas mãos. A começar pelo goleiro Pickford, do Everton, por zagueiros como Maguire, do Manchester United, e atacantes como Foden (Manchester City), Rashford (Manchester United) e Sterling (Chelsea). Mas a estrela da trupe é Harry Kane (Tottenham), o furacão (um trocadilho com a palavra _hurricane_, furacão em inglês). A ele cabe empurrar a bola para a rede, como fizeram seus históricos antecessores Lineker (1986) e Hurst (1966).

O que preocupa é a campanha da Inglaterra este ano. Após passear nas eliminatórias, com oito vitórias e dois empates em dez jogos, com 39 gols marcados, o _English Team_ conseguiu a proeza de ser rebaixado na Liga das Nações A, em um grupo com Alemanha, Itália e Hungria. Pior: levou uma goleada de 4 x 0, em casa, dos húngaros.

A estreia dos ingleses será na segunda-feira (21), às 10h, no estádio Internacional Khalifa, contra o Irã do português Carlos Queiroz – que, em verdade, é moçambicano de nascimento. Esta é a segunda passagem do lusitano pelo comando do país – seu primeiro período teve como principal objetivo classificar o Irã para a Copa do Mundo de 2014. Ele também levou a Copas a África do Sul, em 2002, e Portugal, em 2010.

O material humano é limitado e Queiroz tem como principais jogadores os meias Alireza Jahanbakhsh (Feyenoord-HOL), Ali Gholizadeh (Charleroi-BEL), Ali Karimi (Kayserispor-TUR) e os atacantes Sardar Azmoun (Bayer Leverkusen-ALE) e Mehdi Taremi (Porto-POR). Depois que assumiu a seleção, o treinador fez três amistosos: vitórias por 1 x 0 sobre Uruguai e Nicarágua e um empate com o Senegal, por 1 x 1.

O outro confronto da primeira rodada é decisivo para Estados Unidos e País de Gales. Os norte-americanos contam com o talento de Dest, do Milan-ITA, na defesa, e de McKennie-ITA, da Juventus, no meio de campo. O ataque terá Reyna, do Borussia Dortmund-ALE, como referência e o jogo é considerado pelo treinador Gregg Berhalter como uma final antecipada, pois a vitória sobre os galeses pode valer a vaga nas oitavas de final. Mas a preparação desanima, por o time perdeu para o Japão por 2 x 0 e empatou sem gols com a Arábia Saudita.

Superar o País de Gales de Gareth Bale não deve ser tarefa fácil. A Copa do Mundo é um prêmio para o craque, que já desfilou seu futebol no Real Madrid e hoje atua no Los Angeles. Feito que outros galeses famosos, como Ian Rush e Ryan Giggs, não conseguiram.

O treinador Rob Page, ex-jogador da seleção, chega à Copa de contrato renovado até 2026. Ele comandou a equipe na Euro 2020, quando levou o selecionado às oitavas de final. Mesmo rebaixada na Liga das Nações A da Europa, a seleção de Gales espera surpreender norte-americanos, ingleses e iranianos e repetir o feito da Copa de estreia, em 1958, quando só o Brasil suplantou a retranca galesa com o primeiro gol de Pelé em uma Copa do Mundo.

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