Redação GPS Na Copa da Rússia, elas surpreenderam. Fizeram belas campanhas, batendo favoritos como Argentina, Brasil e Inglaterra. Uma foi vice-campeã, a Croácia. A outra, a Bélgica, levou o terceiro lugar. A atual geração é, sem dúvida, a melhor da história dos dois países. E quer, finalmente, subir ao topo do mundo. Na fase de grupos, pelo menos, o caminho promete ser tranquilo. Afinal, só vão se encontrar na última rodada, na partida marcada para 1° de dezembro, no estádio Ahmad Bin Ali, ao meio-dia. Mas para confirmar o prognóstico, terão de passar sem sustos por Canadá e Marrocos, os dois azarões do Grupo F.
Quem estreia primeiro é a Croácia de Modrić (Real Madrid-EPS), escolhido o melhor jogador da Copa passada. Com o treinador Zlatko Dalić novamente no comando da seleção, o grupo manteve a filosofia ofensiva do Mundial da Rússia, quando venceu Nigéria, Islândia e Argentina, com direito a passeio, marcando sete gols e sofrendo apenas um na fase de grupos e depois mostrando um fôlego invejável nas fases seguintes, saindio vitoriosa em duas disputas de pênalti contra Dinamarca e Rússia, para atropelar a Inglaterra e vender caro a derrota para os franceses na final.
A Croácia vem alinhando a base do seu time com o bom goleiro Livakovic (Dínamo Zagreb-CRO), Lovren (Zenit-RUS) como pilar da zaga, Kovačić (Chelsea-ING) e Brozović (Internazionale-ITA) auxiliando Modrić, no meio e Perišić (Tottenham-ING) e Budimir (Osasuna-ESP) na frente. Com esta base, conseguiu se classificar para a semifinal da Liga das Nações A, superando Áustria, Dinamarca e França com quatro vitórias, uma derrota e um empate.
O primeiro rival será o selecionado marroquino, no dia 23, às 7h, no estádio Al Bayt. A seleção africana do técnico Walid Regragui, um ex-lateral direito do país que substituiu o bósnio Vahid Halilhodzic, terá o atacante Hakim Ziyech (Chelsea-ING), que estava afastado do grupo. Outros bons jogadores são o goleiro Bono, do Sevilla-ESP, os laterais Hakimi, do Paris Saint-Germain-FRA, e Mazraoui, do Bayern-ALE, e o meia Amrabat (Fiorentina-ITA). A maior recompensa para o Marrocos seria passar de fase, mas é difícil pensar nisso em um grupo de tamanha dificuldade.
No outro jogo da primeira rodada, também na quarta-feira (23), a Bélgica enfrenta o Canadá, às 16h, no estádio Ahmad Bin Ali. O selecionado do espanhol Roberto Martínez é de altíssima qualidade. Começa com Thibaut Courtois (Real Madrid-ESP) no gol, Alderweireld (Antwerp-BEL), Debast (Anderletch-BEL) e Vertonghen (Anderletch-BEL) na defesa, passa por Meunier (Borussia Dortmund-ALE), Carrasco (Atlético de Madrid-ESP), Tielemans (Leicester-ING) e Witsel (Atlético de Madrid-ESP) na primeira linha de armação, passa pela dupla ofensiva Eden Hazard (Real Madrid-ESP) e Kevin De Bruyne (Manchester City-ING) e conclui no mortal Lukaku (Internazionale-ITA) no meio do ataque. Sem contar com Thorgan Hazard (Borussia Dortmund-ALE), Onana (Everton-ING), De Ketelaere (Milan-ITA) e Mertens (Galatasaray-TUR), entre muitos outros.
Para superar a seleção que eliminou o Brasil na última Copa e derrotou a Inglaterra duas vezes, o trabalho do técnico do Canadá, o inglês John Herdman, precisa ser perfeito. Ou mais que isso. De volta a uma Copa do Mundo depois de 36 anos de ausência, o selecionado da América do Norte tem como destaque o atacante Alphonso Davies, do Bayern de Munique-ALE. Na preparação para o Mundial, venceu o Catar por 2 x 0 e o Japão por 2 x 1, empatando ainda com o Bahrein por 2 x 2. Mas reprovou no teste mais difícil, ao perder para o Uruguai por 2 x 0. Acreditar em uma surpresa é muito difícil, ainda mais com o tamanho do desafio.
