Com o passar dos anos, o vitiligo — caracterizada pela perda de pigmentação da pele devido à diminuição ou ausência de melanócitos — passou a ser cada vez mais desmistificado, ainda mais pela quantidade de personalidades com a condição, como o astro Michael Jackson e a modelo canadense Winnie Harlow.
Em junho, o Dia Mundial do Vitiligo foi instituído para ampliar a conscientização e combater o estigma à doença. Apesar de não ser contagioso nem maligno, o vitiligo ainda carrega muitos mitos.
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Raul Cartagena Rossi, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que a pele dos pacientes tende a ser mais sensível e vulnerável e, por isso, necessita de cuidados específicos. “É fundamental investir em hidratação intensa e proteção solar diariamente”, orienta o especialista.
O médico preparou uma listinha com algumas orientações para aqueles que convivem com a patologia. Confira:
- Manter a limpeza suave
O uso de sabonetes sem sabão — os chamados syndets — é ideal para peles sensibilizadas. Eles higienizam com suavidade, ajudando a preservar a barreira cutânea e prevenindo irritações.
- Priorizar a hidratação
A pele afetada pelo vitiligo pode ressecar com facilidade. Por isso, cremes hidratantes com ação restauradora são indispensáveis na rotina.
- Não deixar a proteção solar de lado
Mesmo em dias nublados, é essencial aplicar filtro solar diariamente, além de utilizar chapéus e roupas que ofereçam proteção contra os raios UV. A pele despigmentada é mais suscetível aos danos solares e exige atenção redobrada.
- Evitar atrito
Roupas apertadas ou que causem atrito na pele podem agravar o vitiligo
De acordo com o médico, é importante salientar que os fatores de risco para desencadear ou piorar o vitiligo são estresse, uso de certos medicamentos e tratamentos agressivos.
Além de terapias com luz e medicamentos tópicos ou orais, o tratamento inclui uma alimentação rica em antioxidantes e ômega-3, já que podem ajudar a reduzir a inflamação.