Nesta semana, o ator Rafael Zulu, de 42 anos, compartilhou em suas redes sociais que ficou quatro dias internado com fibrilação atrial (arritmia cardíaca) após o consumo excessivo de energético. “Eu quis trazer esse relato pra que sirva pra todo mundo que, de alguma forma, consome, exageradamente ou não, esse tipo de bebida. Cuidem-se porque só quando estamos no hospital nos damos conta de que a nossa saúde é o que temos de mais valioso”, disse o artista na publicação.
Em entrevista ao GPS|Brasília, o médico cardiologista Renault Ribeiro Jr. explica que o efeito dos energéticos no corpo e, especialmente no coração, depende da sensibilidade do organismo e da quantidade consumida. Além disso, ele alerta que, quando misturado com álcool, o energético pode aumentar a possibilidade de arritmias cardíacas. No entanto, isoladamente, essas bebidas têm sim a capacidade de afetar o funcionamento do coração.
“As pessoas que têm já algum problema cardíaco devem evitar o uso de energéticos, e aquelas que porventura não sabem que sofrem de alguma condição, podem precipitar algum problema no coração por conta disso”, destaca.
Além de aumentar a predisposição de arritmias cardíacas, o efeito dos energéticos também pode provocar o aumento da pressão arterial. Caso haja o uso regular de algum medicamento, o consumo dessas bebidas pode levar a uma redução na eficácia do tratamento. “Ao aumentar a pressão arterial, cresce a possibilidade, ainda, de ocorrer um acidente vascular cerebral (AVC), ou derrame”, ressalta o médico.
Outro alerta vai para quem tem algum quadro de ansiedade ou depressão e faz o uso do energético com o álcool. “Essa combinação pode desencadear crises de ansiedade e depressão naqueles pacientes que tomam algum medicamento ou que já vêm sendo tratados”, conta.
Ribeiro revela, por fim, que após longos períodos de feriado, como o Carnaval, é comum ver em assistências médicas pessoas com o coração saudável apresentarem arritmias cardíacas após um consumo maior de álcool e energético. “O desencadeamento de arritmias e problemas cardíacos decorrentes do uso excessivo tanto de álcool quanto de energéticos independe da faixa etária”, adverte. “É muito importante que as pessoas se preocupem e se atentem à quantidade que podem consumir dessas bebidas”, conclui.
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