A menopausa é uma fase natural na vida das mulheres, marcada por mudanças hormonais significativas que podem resultar em uma série de sintomas desafiadores. Podem ocorrer ciclos menstruais irregulares, ondas de calor, dor de cabeça e diminuição da produção de colágeno. Também pode haver instabilidade emocional, dificuldades para dormir, ganho de peso e perda de massa muscular e da massa óssea.
Felizmente, existem métodos naturais que podem ajudar a aliviar esses desconfortos, proporcionando um caminho mais suave para essa transição entre a fertilidade e o período não reprodutivo. Então, no Dia Mundial da Menopausa, celebrado nesta quarta-feira (18) pela Organização Mundial de Saúde (OMS),confira algumas dicas de saúde sobre como aliviar os sintomas de forma mais natural.
Alimentação balanceada: uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais e alimentos ricos em cálcio, como leite, iogurte e queijo, pode contribuir para a redução dos sintomas da menopausa. “A alimentação saudável neste período é muito importante, já que o consumo adequado de nutrientes é essencial para promover o bem-estar, além de auxiliar a não agravar questões como a osteoporose, obesidade, hipertensão arterial e outras doenças que podem ser desenvolvidas nessa fase”, explica a nutricionista Mayara Stankevicius. Segundo ela, os nutrientes que se tornam aliados são:
– Ômega 3: age como protetor das doenças cardiovasculares, sendo responsável por diminuir os teores séricos do colesterol total e triglicerídeos, auxilia na prevenção do câncer de mama e na depressão;
– Magnésio: essencial para o bom funcionamento do tecido nervoso, muscular e ósseo. Sua deficiência pode influenciar no aumento da pressão, arritmias e fadiga;
– Vitamina D: responsável pela homeostasia do cálcio e fósforo. Regula o metabolismo do cálcio e a calcificação óssea, co-fator para o crescimento e a atividade neuronal;
– Zinco: protege contra a perda de massa óssea. Também é essencial na digestão e absorção de nutrientes no trato digestivo, e modula a ação de vários hormônios no organismo;
– Complexo B: atua na diminuição da ansiedade, depressão e das ondas de calor. Auxilia na produção de ácidos graxos e esteróides e faz parte da composição das células vermelhas; e
– Vitamina C: responsável pela manutenção do colágeno e do tecido conjuntivo (ossos, cartilagem, pele e dentes), prevenindo rugas de expressão que podem se intensificar nesse período. Ainda promove a saúde dos cabelos e das unhas.
Fitoterapia: De acordo com um artigo publicado pela Universidade de São Paulo, existem várias plantas com potencial terapêutico na literatura científica. As que possuem mais evidência acerca dos benefícios estão a Soja (Glycine max) que possibilita a isoflavona-de-soja, muito importante para reposição estrogênica no climatério, sendo oferecida no SUS como medicamento fitoterápico. Já o Trevo Vermelho (Trifolium pratense) apresenta resultados para diminuição dos fogachos, assim como o Gingseng (Panax ginseng), indicado para a melhora da função sexual e qualidade de vida pós-menopáusica. Outra opção é a Valeriana (Valeriana officinalis), usada no tratamento da insônia.
Além dessas, muitas mulheres recorrem à cimicífuga e a erva-de-são-cristóvão e chá das folhas. É importante lembrar que a orientação de um profissional de saúde é crucial para garantir o uso adequado e a segurança ao incorporar plantas medicinais em seu regime de cuidados durante a menopausa.
Rotina de skincare – “Quando os níveis hormonais sofrem uma queda, a pele tende a ficar mais seca, flácida e fina, aparecendo mais linhas de expressão, rugas e até sensibilidade”, explica a dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Paula Colpas. Segundo ela, também pode ocorrer o surgimento de acnes, redução da produção de colágeno e da hidratação natural dos tecidos. Por isso, é importante manter uma rotina básica de cuidados com a pele, que envolve: limpeza, hidratação e proteção solar. Também podem ser usados produtos que ajudam a combater rugas e linhas de expressão, conforme orientação de um dermatologista.
Exercício regular: De acordo com o Manual de Atenção à Mulher no Climatério/Menopausa, do Ministério da Saúde, a prática de exercícios físicos é fundamental durante a menopausa. O exercício ajuda a manter o peso sob controle, alivia o estresse e contribui para a saúde dos ossos, prevenindo a osteoporose. Além disso, os exercícios podem ajudar na recuperação da tonicidade muscular da pelve. Deve-se dar prioridade aos exercícios aeróbicos (caminhada, natação, hidroginástica) e à musculação, desde que devidamente orientados por profissionais da área
Praticas alternativas: A incorporação de exercícios físicos, artes marciais e práticas orientais, como ioga, tai-chi-chuan e meditação, não apenas melhora a condição física, mas também desempenha um papel fundamental na promoção do equilíbrio mental e emocional entre as mulheres. Além de beneficiar a saúde de maneira abrangente, a participação em atividades físicas revela uma estratégia eficaz na prevenção da diminuição da autoestima, conforme orientações do Manual de Atenção à Mulher no Clima/Menopausa. Já um estudo feito pela Universidade de Copenhague, na Dinamarca, conforme publicação na revista científica BMJ Open, mostra que a acupuntura é uma das terapias alternativas indicadas na redução de sintomas como ondas de calor e insônia.
Hidratação adequada: Manter-se hidratada é essencial para combater a segurança vaginal e as ondas de calor. A ingestão de muita água, chás e sucos contribui para a boa hidratação e beleza da pele, que se origina principalmente de dentro para fora, da saúde interna.