E a tradição segue: mais uma vez, Brasília tem uma artista em ascensão. Bárbara Silva lança, nesta quinta-feira, 13, seu primeiro álbum, intitulado Coisas Vazias Ficam Pra Trás. O projeto é composto por dez faixas, incluindo músicas inéditas e algumas já lançadas anteriormente, e apresenta uma variedade de gêneros musicais, transitando entre a Música Popular Brasileira, o Pop, o Rock e o Groove.
A trajetória da brasiliense na música começou quando ainda era criança. Aos 12 anos, Bárbara passou a compor músicas e poesias. Seu primeiro contato com a arte foi na Escola Parque, onde tinha aulas de instrumentos. Em seguida, ingressou na Escola de Música e, a partir daí, nunca mais parou. Na adolescência, entre os 16 e 19 anos, montou uma banda, onde podia tocar suas músicas autorais.
Apesar de nunca ter parado de compor, Bárbara também se dedicou a outras duas paixões: a maternidade e o Direito. Mãe de três, ela afirma que “faz muito sentido filosofar sobre igualdade e justiça, coisas que têm tudo a ver com a minha graduação e com a música”.
Depois dos trinta, a artista decidiu voltar a focar em sua arte. “Um dia, eu estava andando de carro e comecei a ouvir minhas composições que deixava no celular. Ali foi quando eu percebi que eu tinha muitas músicas escritas. Então, falei que voltaria. Depois de retomar os estudos de canto, nasceu o EP Desengavetando Quadros”, conta em conversa com o GPS.
O álbum Coisas Vazias Ficam Pra Trás, que será apresentado pela primeira vez no Clube do Choro, no dia 27 de abril, teve seu start no início da pandemia, com apenas quatro faixas. Contudo, no meio do caminho, mais músicas começaram a nascer, dando início a uma nova fase de composição.
“Minha inspiração é observar as pessoas, ver como a vida acontece, entender os sentimentos. Prezo muito pela família, pelo convívio com amigos. Gosto de me entregar aos sentimentos. Tenho mania de observar e gosto de gente”, compartilha.
A música de trabalho, que leva o nome do álbum, é uma mistura de bossa nova com samba. A canção foi criada com o olhar voltado para as pessoas, ao amor e ao amadurecimento. A produção musical ficou a cargo de Gregore Júnior e a faixa conta com a participação de grandes músicos de Brasília, como Carlos Pial. José Cândido, Henrique Ferreira, Aloízio Lows, Ugo Ludovico, Allan Massay também foram alguns dos nomes que participaram da criação do álbum.
“Fiquei muito feliz de contar com esses grandes nomes. Foi uma aventura, já que, normalmente, as pessoas não trabalham com diversos produtores e músicos, mas eu tinha muita vontade de atuar com todos eles. Rolou de um jeito muito lindo”, comenta.
Sobre o público brasiliense, Bárbara afirma: “a população da capital tem um gosto muito refinado, no sentido que temos muitos artistas. Brasília é referência. A gente tem um ouvido apurado para músicas boas, estamos sempre abertos à diversidade, que é a nossa marca”.
“Agora está caindo a ficha sobre o álbum. A gente precisa acreditar nos nossos sonhos e agir para que aconteçam. Nesse ano, eu passei por questões de saúde na família e fui aconselhada a adiar o lançamento, mas eu não pude mais. Foi um processo de cura. A arte dá uma sustentação no nosso emocional”, conclui.
