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Conheça a história do DJ brasiliense que tem agitado Dubai

Alok, Coldplay e Black Eyed Peas são alguns dos artistas com quem Eduardo Smith já dividiu palco

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Coragem é a palavra que Eduardo Smith, 36 anos, expressou ao longo de toda a sua jornada profissional como DJ. O menino nascido em Ceilândia (DF), uma das maiores regiões periféricas do Brasil, não imaginava que sairia de um curso de mixagem para as águas internacionais, hoje em Dubai, nos Emirados Árabes.

 

Eduardo já tocou com grandes nomes da música internacional, como o também brasiliense Alok, além de Coldplay e Black Eyed Peas.

 

O sonho iniciou por conta de uma curiosidade. “Quando tinha de 14 para 15 anos, ouvi na rádio: ‘Venha fazer um curso de DF. Imagine dois vinis, uma música mixada’. Eu fiquei curioso e fui fazer o curso. Na época, não tinha o sonho, fui de curioso mesmo. Queria saber como era juntar duas músicas em uma só”, explica.

 

Na ocasião, a equipe destacava os três melhores, e Eduardo foi um deles. A partir daí, o DJ iniciou seus trabalhos em pequenas festas da capital federal e foi questão de tempo partir para o cenário nacional. “Fui crescendo e comecei a tocar em algumas ‘Night Clubs’ de Brasília; toquei na Pink pelo Brasil; em Goiânia, São Paulo, Rio de Janeiro”, conta.

 

Nessa mesma época, Eduardo criou a própria festa em colaboração com a marca de carros Maserati. O nome da label era Masserati House. Os eventos reuniram mais de 7 mil pessoas, com DJs renomados internacionalmente.

 

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A ida aos Emirados Árabes surgiu da necessidade de crescer. Com uma carreira estabelecida em Brasília, Eduardo pensou como se tornar referência no Brasil, mas acabou encontrando outra oportunidade. “Eu estava um pouco perdido, não tinha direcionamento profissional para a carreira de DJ”. 

 

Com o sonho de morar fora, o também produtor musical correu atrás e decidiu ir para Dubai. Antes, pensou em outros destinos mais comuns a brasileiros, mas como ponto de mudança se organizou financeiramente e foi passar pelo menos seis meses no país oriental. “Minha família me apoiou muito. O meu pai, que era contra eu ser DJ, me apoiou — o que foi um grande sinal”, conta.

 

Eduardo chegou ao país em meio a pandemia, ainda em 2021. Segundo ele, foi um período um pouco mais incerto por conta da ocasião vivida pelo mundo, mas as coisas se ajeitaram. “Aproveitei um ano e meio que não toquei para fazer ‘networking’. E o brasileiro é muito bem-vindo em Dubai, então as pessoas começaram a me dar chances e eu aproveitei”, lembrou.

 

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“Você tem que estar preparado quando sonha alto. Acho que não conquistei 20% do que quero. Meu objetivo são grandes festivais, como Tomorrowland. Foco nas grandes casas de Dubai, mas quero ir além”, finaliza.