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Confira o calendário de fenômenos astronômicos de 2023

No céu não há ano ruim, diz a **astrônoma** Josina Nascimento, gestora da _Divisão de Comunicação e Popularização da Ciência do Observatório Nacional_ (ON/MCTI). _”A natureza nos favorece de forma intercalada. Sempre tem muita coisa legal para olhar no céu.”_

O que muda, conforme o ano, é o **corpo celeste** que nos presenteia com os melhores **espetáculos**. Se em 2022, a Lua foi protagonista, com um belo **eclipse lunar** total em maio, este ano, ela fica mais “apagada”, e o Sol nos brindará com o grande fenômeno do ano, em outubro.

**Eclipses solares** são mais raros de se ver. _”A cada ano você tem ao menos um eclipse anular do sol ou dois, mas o que torna ele muito raro é essa faixa onde pode ser visto, que passa por alguns países, mas é de no máximo 270 quilômetros de largura”,_ explica Josina.

![(Foto: Unsplash)](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/karl_magnuson_La_Hgrqo1_Z_Rk_unsplash_08d1c229cd.jpg)

>”O da Lua não. No eclipse lunar, a Lua está entrando na sombra da Terra. Quem vê a Lua, vê a Lua eclipsada. E o Sol não, só vê o eclipse do Sol total ou anular quem está naquela faixa. Quem está fora verá um eclipse parcial, e quem está fora da faixa de parcialidade não vê eclipse nenhum”, completa.

Um eclipse solar ocorre quando a Lua “passa” na frente do **Sol**. Mas como ela, com um diâmetro 400 vezes menor, consegue “escondê-lo”? A explicação reside no **diâmetro** aparente. _”O tamanho da Lua é muito menor, mas ela está numa distância muito pequena (da Terra). A distância compensa, então, o diâmetro que a gente vê da Lua é muito parecido com o que a gente vê do Sol”_.

**Eclipses**

Em 14 de outubro, no Brasil será possível observar um eclipse anular do Sol. A faixa de anularidade passará pelos Estados do **Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte**, conforme Josina. Nas demais partes do País, será possível ver um eclipse parcial.

No eclipse anular, a Lua está um pouco mais distante da Terra na sua órbita, explica a astrônoma._ “Em vez de ela ficar certinho com o diâmetro aparente do Sol, ela está menorzinha. Por isso, não cobre totalmente o Sol, não cria aquele efeito de o dia virar noite, mas cria outro efeito muito bonito também, que é você ter o Sol com uma sombra escura no meio e, em volta, um anel muito brilhante”,_ diz. Alguns chamam o fenômeno de **”anel de fogo”.**

Observar o Sol requer **cuidados**, pois pode causar danos à **retina** e até mesmo levar à **cegueira**. Por isso, não se deve acompanhar o eclipse a olho nu, muitos menos com **binóculo** e **telescópio**. É preciso usar **proteção**. Uma das alternativas mais baratas de se proteger, conforme Josina, é um filtro de soldador 14.

![(Foto: Unsplash)](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/dhaval_parmar_8q_X_Kna_IPX_Ys_unsplash_45a46bebf9.jpg)

Um fenômeno **celeste** como esse é raro. A astrônoma lembra que a última vez que um eclipse solar foi visto no Brasil foi na primeira década dos anos 2000. O próximo eclipse anular só deve ser **observado** no País em 2034. E um eclipse total, apenas em 2045. Para quem estiver fora da faixa de anularidade, o **Observatório Nacional** fará transmissão ao vivo do evento na internet.

Alguns meses antes, em 20 de abril, vai haver **eclipse total** do Sol. Contudo, não será visível no Brasil, só em partes da **Austrália**, da **Antártica** e do **sudeste asiático**, conforme a agência espacial americana (Nasa).

A Lua também eclipsará em 2023. No entanto, será um eclipse penumbral – quando a Lua entra na sombra externa da Terra (penumbra) -, que é pouco visível. Conforme a Nasa, isso deve ocorrer em 5 de maio.

**Superlua e Lua Azul**

Mesmo que os **eclipses lunares** não sejam o forte de 2023, isso não significa que o **satélite natural** da Terra vai decepcionar completamente os observadores. Duas **superluas cheias** vão marcar este ano.

Josina explica que há uma superlua quando uma **Lua Nova ou Cheia** ocorre perto do perigeu (ponto da órbita da Lua em que ela está mais próxima da Terra). _”Esse termo (superlua) não é astronômico, mas é impossível não chamar assim, porque ela fica até 30% mais brilhante e o diâmetro aparente pode ficar até 14% maior.”_

![(Foto: Unsplash)](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/kt_h1_ZT_Jrj_Vc_LA_unsplash_3dec605c7c.jpg)

As duas superluas deste ano ocorrem em **agosto**. A primeira já no dia 1º e a segunda no dia 30 ou 31 de agosto (a depender do fuso do País que estivermos considerando). Agosto também nos presenteia com uma **Lua Azul** (outro termo que é popular, não científico). Ele não se refere à coloração do satélite, mas sim ao fato de ser a segunda Lua Cheia dentro de um mesmo mesmo mês civil. Então, além de superlua, o fenômeno do dia 30/31 será uma Lua Azul.

**Chuva de meteoros**

Cerca de 44 toneladas de material meteorítico caem na Terra a cada dia, conforme a **Nasa**. Quase todo é **vaporizado** na atmosfera, deixando um rastro **brilhante**, são as **”estrelas cadentes”**. Chuvas de meteoros ocorrem anualmente à medida que a Terra passa pelo rastro de detritos empoeirados deixados por um **cometa**.

O Observatório _Real de Greenwich_ lista as 12 mais **importantes** e **visíveis**. São elas:

– **Quadrantídeos**: 28 de dezembro de 2022 até 12 de janeiro de 2023 (máximo: 3 e 4 de janeiro). Pico: 110 meteoros por hora.

– **Lyrids**: 14 a 30 de abril (máximo: 22 a 23 de abril). Pico: 18 meteoros por hora.

– **Eta Aquariid**: 19 de abril a 28 de maio (máximo: 6 de maio). Pico: 50 meteoros por hora.

– **Alpha Capricornids**: 3 de julho a 15 de agosto (máximo: 30 de julho). Pico: 5 meteoros por hora.

– **Delta Aquáridas**: 12 de julho a 23 de agosto (máximo: 30 de julho). Pico: 25 meteoros por hora.

– **Perseidas**: 17 de julho a 24 de agosto (máximo: 12 a 13 de agosto). Pico: 100 meteoros por hora.

– **Draconids**: 6 a 10 de outubro (máximo: 8 a 9 de outubro). Pico: 10 meteoros por hora.

– **Orionids**: 2 de outubro a 7 de novembro (máximo: 21 a 22 de outubro). Pico: 25 meteoros por hora.

– **Taurids**: 10 de setembro a 20 de novembro, no Hemisfério Sul (máximo: 10 a 11 de outubro ). Pico: 5 meteoros por hora.

– **Leonids**: 6 a 30 de novembro (máximo: 17 a 18 de novembro). Pico: 10 meteoros por hora.

– **Geminids**: 4 a 20 de dezembro (máximo: 14 a 15 de dezembro). Pico: 150 meteoros por hora.

– **Ursids**: 17 a 26 de dezembro (máximo: 22 a 23 de dezembro). Pico: 150 meteoros por hora.

**Observar** chuvas de meteoros, porém, não é tarefa fácil. É preciso de **paciência** e, sobretudo, se afastar dos **centros urbanos**, para fugir da poluição luminosa, que tem crescido vertiginosamente nas cidades, diz Josina.

**Conjunções**

A astrônoma conta ainda que, em todos os meses, a Lua passeia pelo céu _”passando aparentemente próxima dos planetas”. “Em todos os meses os planetas estarão em conjunção com a Lua e conjunção entre si.”_ Ela cita três belas **combinações** para observar ao longo deste ano:

– 22 de janeiro: conjunção de Vênus com Saturno. Segundo a astrônoma, será visível muito próximo do horizonte oeste, logo após o pôr do Sol.

– 21 a 23 de fevereiro: Lua, Vênus e Júpiter próximos do horizonte oeste.

– 1º de março: conjunção de Vênus e Júpiter próximo do horizonte oeste, logo a após o pôr do Sol.

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