André Braga Com a chegada das férias e do verão, o aumento das temperaturas nos faz desejar imensamente por passeios ao ar livre, e principalmente, que envolvam água: clubes e praias passam a ser disputados, os convites para ir à alguma cachoeira aparecem, as festas em casas de amigos ou conhecidos com piscina passam a ser frequentes… com isso, a falta de atenção ao entrar e sair da água pode acabar causando dores de ouvido, as famosas ‘otites’.
A ‘otite de verão’, que recebe esse nome justamente por aparecer com maior frequência na estação mais quente do ano, é uma inflamação no ouvido que costuma aparecer após o acúmulo de água no canal que liga a orelha ao tímpano e costuma ser extremamente dolorosa. E além da dor de ouvido, outros sintomas que a otite pode apresentar são: secreção no ouvido, febre, irritação e até mesmo meningite, mas com menor frequência.
Embora costume aparecer tanto em crianças quanto em adultos, são os pequenos que costumam sofrer mais, em razão de mergulharem com frequência e passarem longos períodos na água sem secar adequadamente as orelhas.
Os casos de otite precisam ser acompanhados de perto por um especialista, pois pode haver quadro de diminuição da audição. O tratamento é feito através de analgésicos via oral, ou em casos mais sérios, antibióticos ou antifúngicos.
“Cada tipo de ambiente aquático tem suas peculiaridades, e a escolha certa de proteção auditiva depende das condições específicas de cada um deles”, aconselha o otorrinolaringologista Stênio Ponte. Ele dá algumas dicas para evitar as otites:
- Usar tampões de ouvido aquáticos, que bloqueiam a entrada de água nos ouvidos durante os banhos de piscina ou mar.
- Se você for mais suscetível a infecções de ouvido, evite mergulhos profundos
- Enxaguar os ouvidos após nadar, pra remover resíduos
- Na praia, opte por protetores auriculares para evitar que a água e a areia possam se alojar no canal
- Evitar o acúmulo de cera, mantendo os ouvidos sempre limpos
