Manaus é um destino muito rico, mas que costuma ser pouco lembrado pelos brasileiros na hora de planejar uma viagem, e também dentro da Economia nacional. Foi para exaltar as belezas dessa cidade e relembrar a importância da Zona Franca para o Brasil que eu passei dois dias na capital amazonense.
O convite ao GPS|Brasília veio pela organização da FesPIM, feira de sustentabilidade do polo industrial de Manaus que aconteceu aqui na capital nos últimos dias 07, 08 e 09 de novembro. Aproveitei a oportunidade para mergulhar de cabeça em sua história, cultura e gastronomia, e pude constatar que o destino é realmente surpreendente.
Agora, detalho um pouco da experiência que tive e dos locais que conheci, para que mesmo em um espaço curto de tempo, você também se deixe ser conquistado pela cidade.
Mercado Adolpho Lisboa
Para quem quiser conhecer a história ‘raíz’ da cultura e vivência manauara, o Mercado Municipal Adolpho Lisboa é um bom ponto de partida. Ele fica localizado às margens do Rio Negro, e antes mesmo da entrada, já é possível encontrar feirantes oferecendo frutas diferentes como o taperebá. É no mercadão que você vai encontrar sabonetes, cachaça de jambu, ervas medicinais, farinhas, artesanato indígena e utensílios para o consumo de tacacá, prato típico da região.
Hotel Juma Ópera
O Juma Ópera é um hotel-boutique de alto padrão que ocupa dois casarões históricos na região. Restaurado pelo arquiteto Roberto Vinograd, o Juma possui 41 acomodações espaçosas, além de bar, academia, restaurante de alta-gastronomia e um rooftop com piscina que proporciona uma vista incrível do icônico Teatro Amazonas.
Restaurante Ópera
Ópera é o restaurante que fica localizado dentro do hotel Juma, sob uma cúpula de ferro e vidro que impressionam. Sofia Bendelak é a chef da casa e traz uma miscelânea de pratos internacionais com ingredientes locais, típicos da cultura amazonense. A salada de feijão manteiguinha com camarões ao curry e castanhas tostadas, a costela de tambaqui no mel de tucupi com baião de dois são alguns dos destaques do menu. E para encerrar a experiência da maneira mais doce possível, o mil-folhas de tapioca com mousse de côco e calda de cumaru é uma excelente pedida.
Teatro Amazonas
É no Largo de São Sebastião, centro da cidade, que fica a construção arquitetônica mais conhecida e imponente de Manaus. O Teatro Amazonas foi fundado em 31 de dezembro de 1866 e resiste como um dos símbolos da cultura do nosso país. Possui um salão de espetáculos que comporta quase 700 pessoas e um museu com obras valiosas que contam sua história. O espaço já recebeu apresentações de artistas como Heitor Villa Lobos, o tenor José Carreras, o músico Roger Waters e a banda The White Stripes. Até as Spice Girls já visitaram o icônico teatro.
Shin Suzuran
Se a fusão das culinárias japonesa e amazonense parece algo distante na sua mente, o Shin Suzuran torna essa mistura palpável e muito surpreendente por meio do trabalho de Hirota Takano. Salmão, atum e camarão até estão presentes no menu para agradar os mais convencionais, mas a ideia é imergir na gastronomia local e ver peixes como tucunaré e pirarucu brilharem nos preparos do chef. No menu degustação de nove etapas – com sobremesa inclusa – até vitória-régia, folhas de urtiga e ovas de peixe amazônico seco foi possível experimentar.
Banzeiro
Considerado o restaurante mais premiado de Manaus, o Banzeiro existe desde 2009 e é comandado pelo chef Felipe Schaedler, um catarinense que se mudou para Manaus na adolescência e se apaixonou pelos sabores locais. Um dos seus pratos mais conhecidos é a formiga saúva servida sobre espuma fria de mandioquinha, mas na ocasião da nossa visita, ele não estava disponível. Mesmo assim não faltaram sabores típicos no menu, como o pirarucu à provençal e a costela de tambaqui frita. O clássico dadinho de tapioca ganha uma geleia de cupuaçu para acompanhar, mas o destaque das entradinhas foi a brandade de peixe defumado, que vinha com pó de açaí. Também é possível encontrar o Banzeiro na capital paulista.