O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) deve oficializar nesta quarta-feira (19), a instalação das comissões temáticas da Casa.
Pela lógica da casa, o partido com mais assentos geralmente tem vantagem na hora das indicações. De toda forma, as negociações e ajustes são frequentes no ambiente legislativo, quando o assunto é o comando das comissões.
O PT, por exemplo, abriu mão da Comissão de Educação. Entregou ao União Brasil e, em troca, garantiu a relatoria da Comissão Mista de Orçamento para o MDB. O partido também ficou com Finanças e Tributação e Direitos Humanos.
O PSD vai ficar com a Comissão de Minas e Energia que, trata de temas como combustíveis, energia elétrica e recursos minerais.
O PL garantiu Relações Exteriores e Saúde. Agricultura, Segurança Pública e Turismo também ficaram nas mãos do partido. Na prática, significa que o partido terá influência sobre temas sensíveis como políticas de vacinação, acordos internacionais e segurança pública, setor que movimenta forte base eleitoral da direita.
O Republicanos garantiu as comissões de Comunicação e Desenvolvimento Econômico. O PP ficou com Aviação e Transporte, além da Comissão de Ciência e Tecnologia. O PSD, além de Minas e Energia, também comandará a Comissão do Esporte.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), uma das mais importantes, ficou com o União Brasil.
O PSDB ficou com Indústria, o Podemos com Previdência, o PDT com Trabalho, o PSB com Pessoa com Deficiência e o Solidariedade com Idoso. Já o PSOL levou a Comissão da Mulher, e o PV, a dos Povos Originários.
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que o resultado foi positivo para o Executivo, garantindo influência sobre áreas estratégicas como Fiscalização e Controle e Finanças e Tributação.
“Concluímos um acordo sólido, alguns partidos cederam, o governo acompanhou tudo e construímos um bom acordo que preserva todos os interesses da bancadas”, disse.