Redação GPS Conhecida pela presença de opositores ao atual governo, a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados acolheu, nesta terça-feira (9), uma proposta de moção de louvor e de homenagem a Elon Musk, o bilionário que é proprietário da rede social X (antigo Twitter).
Os parlamentares alegam que o investidor teria “enfrentado medidas de censura política impostas pela Justiça brasileira”. O requerimento, apresentado pelo deputado Coronel Meira (PL-PE), criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por pressionar ilegalmente o acesso a dados de usuários da plataforma e até exigir a suspensão de contas propagadoras de fake news.
A votação do requerimento foi simbólica e contou com a presença majoritária de parlamentares apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), principal desafeto da Suprema Corte. O único deputado da base de apoio do atual governo presente, Glauber Braga (PSol-RJ), votou de forma contrária ao requerimento apresentado.
A aprovação da moção acontece em meio a uma crise entre a Suprema Corte e o empresário Elon Musk, o qual acusa o STF de censura por desativar perfis disseminadores de notícias falsas.
No domingo (7), o bilionário ameaçou descumprir as decisões do STF e reativar perfis suspensos, chamando o ministro Alexandre de Moraes de “ditador brutal”. Moraes é o relator do inquérito que investiga o uso das redes sociais contra a democracia brasileira.
Em resposta, o magistrado incluiu Musk em um inquérito que apura a atuação de milícias digitais e estabeleceu multa diária de R$ 100 mil para cada perfil reativado sem autorização judicial.
