A expectativa entre os comerciantes do Distrito Federal para a Semana Santa de 2025 é positiva. Segundo pesquisa inédita do Instituto Fecomércio-DF, 79% dos empresários que atuam com a venda de pescados acreditam que terão um desempenho melhor nas vendas este ano em comparação com 2024.
Dos entrevistados, 47% projetam um crescimento de até 10% no volume de vendas, enquanto outros 44,2% estimam alta entre 10% e 20%. Apenas 3% acreditam em queda nas vendas, e 18% esperam estabilidade em relação ao ano anterior.
A sondagem ouviu 173 empresas do setor, entre supermercados, feiras, peixarias e açougues, localizadas em 17 regiões administrativas e 18 localidades do DF. As entrevistas foram realizadas presencialmente entre os dias 11 e 16 de abril, com foco em proprietários e gerentes dos estabelecimentos.
Filé lidera preferência do consumidor
Na hora de escolher o peixe para a Semana Santa, os consumidores devem priorizar o custo-benefício. A pesquisa mostra que os filés de peixes aparecem como os campeões de procura, mencionados por 88,4% dos comerciantes. Em seguida, vêm os cortes diversos de tambaqui (55,5%), pintado ou surubim (51,4%), pescada (36,4%) e sardinha (28,3%).
Além dos peixes tradicionais, 74% dos lojistas esperam aumento na procura por frutos do mar. Outros 10% apostam em produtos preparados ao estilo bacalhau e 16% acreditam na combinação desses dois itens.
Consumo médio e preços
A maioria dos comerciantes (71,7%) estima que cada consumidor deve adquirir entre 2,1 kg e 3 kg de peixe durante o período. Em relação aos preços, 41% afirmam que o quilo do pescado deverá variar entre R$ 31 e R$ 60. Outros 38,7% projetam valores entre R$ 61 e R$ 90.
A boa notícia é que 92% dos empresários garantem já ter estoques adequados para atender à demanda da Semana Santa.
Tradição religiosa impulsiona mercado
Para o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, a tradição religiosa continua sendo um fator decisivo para o aquecimento das vendas no setor de pescados durante esse período.
“A experiência dos empresários mostra que os consumidores vêm se adaptando ao mercado, optando por alternativas mais acessíveis, como filés de tilápia, merluza e pescada, em busca de melhor custo-benefício, especialmente diante do preço médio do quilo, impactado por fatores como transporte e armazenamento”, analisa.