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Com valorização da cultura indígena, Alok é indicado com duas faixas ao Grammy Latino 2024

Músicas Drum Machine e Pedju Kunumigwe concorrem na nova categoria de Melhor Performance
Ponto alto da comemoração dos 64 anos da capital, Alok brilhou na noite de Brasília
Ponto alto da comemoração dos 64 anos da capital, Alok brilhou na noite de Brasília

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Um dos artistas brasileiros mais reconhecidos internacionalmente, o DJ Alok (que foi capa da revista GPS|Brasília), recebeu duas indicações ao Grammy Latino 2024. Ele concorrerá duas vezes pela “melhor interpretação de música eletrônica latina”.

As faixas Drum Machine, uma colaboração com o DJ Pickle, e Pedju Kunumigwe, em parceria com os Guarani Nhandewa, estão concorrendo na recém-criada categoria de Melhor Performance de Música Latina do prêmio internacional. A nova categoria foi introduzida para acompanhar a evolução e a diversidade do mercado fonográfico na América Latina.

Alok destacou a importância de trazer visibilidade para as vozes indígenas no cenário musical global. “É uma grande satisfação ver o reconhecimento das vozes indígenas como agentes significativos na cena artística musical global com a faixa ‘Pedju’. Valorizar e preservar as línguas nativas, bem como proteger suas terras, é fundamental para assegurar a sobrevivência e a influência contínua de suas culturas”, afirmou o DJ.

Segundo Alok, a representatividade indígena é essencial para promover e proteger essas identidades culturais. A faixa Drum Machine, totalmente eletrônica e criada em parceria com DJ Pickle, reflete a força crescente da música eletrônica na indústria fonográfica.

“Estar na categoria de música eletrônica com duas indicações reflete a relevância desse gênero no cenário musical. ‘Drum Machine’ é um exemplo de como o gênero continua a inovar e a impactar o cenário”, ressaltou.

Cultura indígena

Alok lançou em abril o projeto O Futuro é Ancestral, um álbum que une música eletrônica e cultura indígena. O trabalho conta com nove faixas inéditas e integra os saberes ancestrais das comunidades indígenas com as batidas eletrônicas do DJ. O projeto foi desenvolvido ao longo de três anos e envolveu mais de 500 horas de trabalho em estúdio com lideranças indígenas de várias etnias.

O artista apresentou as faixas do álbum ao vivo, pela primeira vez no Brasil, durante o show em comemoração ao aniversário de Brasília, que ocorreu em abril, na Esplanada dos Ministérios.