O brasiliense Caio Bonfim, 32 anos, garantiu a participação na quarta edição dos Jogos Olímpicos de sua carreira. Em Paris 2024, o atleta da marcha atlética terá a chance de conseguir a medalha que quase veio em 2016, quando chegou em quarto lugar no Rio de Janeiro.
No dia 23 de abril, Caio foi o vencedor da prova de 20km do 2º Korzeniowski Warsaw Race Walking. Já que o índice olímpico foi fixado em 1h20min10s, o atleta teve sua participação em Paris assegurada, graças ao tempo de 1h19min43s.
Nas olimpíadas anteriores, em Tóquio 2020, Caio Bonfim teve um desempenho abaixo do esperado, o décimo terceiro lugar. Ele acredita que a preparação foi dificultada pela pandemia. Houve barreiras sanitárias e restrições para viagens internacionais, o que empurrou a competição para 2021. Mas o pior passou. Caio revela que tem feito um ciclo olímpico parecido com o que o deixou próximo do pódio em 2016.
“Nós já sabemos o caminho, focar e fazer ainda melhor. A meta é estar bem e sempre disciplinado para fazer o melhor possível. Estarei muito concentrado até lá”, projeta.
Veja a entrevista completa com Caio Bonfim:
Você obteve índice olímpico no último fim de semana. Já era esperado chegar a essa marca nessa altura da preparação?
Obtivemos o índice na Polônia. A gente veio para essas grandes provas, onde existe um nível competitivo, um percurso e um clima para tentar grandes marcas. Graças a Deus conseguimos essa marca, que é o primeiro passo para os tão sonhados Jogos Olímpicos.
Qual foi a sensação de alcançar esse índice e cravar mais uma participação em Jogos Olímpicos?
Sensação incrível, de alegria, de saber que estamos no caminho certo. Isso nos dá confiança para a gente estar na melhor forma possível e alcançar os objetivos deste e do próximo ano.
Como você avalia esse ciclo olímpico? Está dentro do esperado?
Esse ciclo olímpico é mais curto, de três anos. Os resultados que conseguimos esse ano foram bons. A partir do dia 1o de janeiro de 2023, as marcas já valem para o índice olímpico. Já conseguimos esse primeiro passo. Agora é trabalhar e manter o ritmo, para chegar bem nas olimpíadas.
Você alcançou o quarto lugar na Rio-2016. Qual é a diferença na sua preparação e na sua mentalidade para chegar na próxima olimpíada?
A quarta colocação no Rio foi muito boa. Estamos conseguindo fazer uma preparação parecida com as outras edições. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, já foi muito diferente. Tivemos uma pandemia em 2020, uma situação ainda muito complicada em 2021 em relação a viagens e competições. Esse está sendo mais parecido com o ciclo visando 2016. Nós já sabemos o caminho, focar e fazer ainda melhor. A meta é estar bem e sempre disciplinado para fazer o melhor possível. Estarei muito concentrado até lá.
Como é representar Brasília em eventos mundiais? Qual é a sua relação com a cidade?
Representar o Brasil é muito satisfatório. Ser um atleta nascido em Brasília, continuar na cidade é muito legal. É muito legal estar em alto nível e representando o esporte, ajudando as pessoas em Brasília a fazerem a marcha atlética. Sou um felizardo por estar sempre representando a cidade.
Como é representar Brasília em eventos mundiais? Qual é a sua relação com a cidade?
Minha relação com a cidade é de muita paixão e agradecimento. É muito legal estar em alto nível e representando o esporte, ajudando as pessoas em Brasília a fazerem a marcha atlética. Foi em Brasília que eu dei meus primeiros passos. E a cidade não entendia muito bem o que era a marcha atlética. Não foi uma relação tão fácil no começo. Depois, com o apoio da torcida, foi muito bom. Quando as pessoas passam, buzinam e incentivam, é muito legal. É um dos melhores lugares do mundo para treinar. Tenho muito orgulho de ser brasiliense
Quais são os planos para o futuro?
Ser atleta de alto desempenho é um privilégio. O ideal é trabalhar com afinco para prolongar o auge. Os planos para o futuro são disputar o mundial de atletismo, Jogos Pan-americanos e os Jogos Olímpicos de 2024.
