Com umidade a 16%, Brasília tem o dia mais seco do ano

Nesta quinta-feira (3/8), o Distrito Federal testemunhou um marco alarmante em sua jornada climática de 2023, registrando o dia mais seco do ano até o momento. Por volta das 17h, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) reportou a umidade relativa do ar de apenas 16% na estação de monitoramento do Plano Piloto. 

 

Simultaneamente, as temperaturas alcançaram números expressivos, atingindo uma máxima de 30,6°C na região de Águas Emendadas, enquanto na área central de Brasília, a temperatura se estabilizou em 28,4°C.

 

De acordo com o instituto, perspectiva é de que a combinação de baixa umidade e altas temperaturas continue predominando. Dado o índice que varia entre 12% e 20%, o Inmet emitiu um alerta laranja de perigo para esta quinta-feira.

 

A queda drástica na umidade relativa do ar é atribuída à influência de uma massa de ar seco que se estende sobre a região central do país, explicou o Inmet.

 

Esse cenário de extrema aridez traz consigo riscos significativos, incluindo a ameaça de incêndios florestais e implicações para a saúde. Os efeitos abrangem desde o ressecamento da pele até o desconforto nos olhos, boca e nariz. Além disso, projeções indicam que agosto e setembro podem registrar taxas mínimas de umidade abaixo dos críticos 12%.

 

O quadro de clima seco é anunciado não apenas pelas estatísticas, mas também pela estiagem dos ipês-roxos e pela redução das chuvas na região. Durante esse período, que tipicamente se estende de maio a setembro, Brasília assume características desérticas, com temperaturas escaldantes durante o dia e noites relativamente mais frescas, até a chegada das chuvas em outubro.

 

As autoridades da Defesa Civil reforçam algumas medidas cruciais para enfrentar esse período de tempo quente e seco, como evitar atividades ao ar livre das 10h às 17h, manter-se hidratado, evitar banhos prolongados com água quente, regular o uso do ar-condicionado e aplicar protetor solar. Especial atenção deve ser dispensada a crianças e idosos, que são mais vulneráveis aos efeitos dessas condições extremas.