O ex-presidente Fernando Collor de Mello deixou o presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió, na noite de quinta-feira (1º), após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizar sua prisão domiciliar. A decisão foi tomada com base após um pedido da defesa, que alegou problemas de saúde como Parkinson, apneia do sono, transtorno bipolar e a idade avançada de Collor, de 75 anos.
Collor foi condenado pelo STF em maio de 2023 a 8 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo a Corte, ele recebeu cerca de R$ 20 milhões em propinas entre 2010 e 2014, em um esquema ligado à BR Distribuidora, então subsidiária da Petrobras, na época em que era dirigente do PTB. O processo foi resultado das investigações da Operação Lava Jato.
Após a confirmação da condenação em novembro de 2023 e a rejeição de novos recursos em abril de 2025, Moraes determinou a prisão imediata de Collor. O ex-presidente foi detido em Maceió no dia 25 de abril, quando, segundo seus advogados, se preparava para viajar a Brasília. Agora em prisão domiciliar, Collor deverá usar tornozeleira eletrônica e só poderá receber visitas de seus advogados.