O Santos continua na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. O time até jogou melhor que o Botafogo, mas perdeu por 1 x 0 em duelo pela 11ª rodada, na Vila Belmiro. Além do resultado, a principal notícia é negativa e tem Neymar como protagonista: o camisa 10 foi expulso no segundo tempo após fazer um gol de mão.
Neymar tem contrato até 30 de junho, mas está suspenso para o próximo jogo, o último do Santos antes da parada do calendário para o Mundial de Clubes. A intenção do clube é renovar, mas ainda não há definição sobre o tema. O Botafogo terá a próxima rodada adiada, porque viaja, no dia 9, para os Estados Unidos, onde estreia no Mundial diante do Seattle Sounders.
Santistas e botafoguenses fizeram primeiro tempo amarrado na Vila Belmiro. O time carioca trocou passes e manteve mais a bola, mas sem conseguir assustar o gol do Santos. Neymar assumiu papel de cobrança ao árbitro Davi de Oliveira Lacerda. O jogador foi amarelado por reclamações e, antes da saída para o intervalo, fez o juiz ouvir ainda mais.
A volta para o segundo tempo mostrou um Santos que jogou mais do que reclamou. E aí veio o lance fatal. Um cruzamento gerou uma confusão. Neymar, porém, meteu a mão na bola para empurrar para as redes. O árbitro viu, anulou o gol e expulsou o camisa 10, que já tinha amarelo.
A partir daí, o Santos viu o Botafogo tomar terreno. Nos minutos finais, Artur cruzou na área, ninguém desviou, mas Brazão não conseguiu segurar a bola que foi direto para as redes. Para desespero santista, a torcida botafoguense logo entoou o canto: “Arerê, o Santos vai jogar a Série B”.
Grêmio se recupera
O Grêmio, com uma atuação consistente, venceu o Juventude por 2 x 0 no estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul (RS). Com gols de Braithwaite e Cristian Olivera ainda na etapa inicial, o time conquistou a segunda vitória consecutiva na competição – a terceira seguida na temporada. O resultado foi crucial para o time de Mano Menezes se distanciar da zona de rebaixamento, agora com 15 pontos.
O primeiro tempo foi marcado por reviravoltas e pelo protagonismo do VAR. O Juventude começou melhor, controlando as ações. Mas o roteiro mudou logo aos nove minutos, quando o goleiro Marcão cometeu um erro decisivo: após segurar a bola em um escanteio, acertou o rosto de Kannemann com o braço. Após revisão no VAR, o árbitro Raphael Claus assinalou pênalti para o Grêmio – mas optou por não expulsar o goleiro alviverde.
Na cobrança, Braithwaite bateu no canto direito, sem chances para Marcão, e abriu o placar. O Grêmio quase ampliou logo na sequência. Cristaldo cobrou falta pela esquerda, e Kannemann subiu bem, cabeceando no travessão. E então o duelo teve mais um capítulo imprevisível: o Grêmio passou de um possível pênalti contra para o segundo gol em menos de um minuto.
O árbitro havia marcado penalidade de Cristian Olivera em Mandaca, mas voltou atrás após nova análise no vídeo, assinalando impedimento. Na sequência do lance, aos 37 minutos, o próprio Cristian Olivera aproveitou rebote após chute fraco de Cristaldo e mandou de primeira para o fundo das redes, ampliando a vantagem gremista.
O Juventude voltou mais ofensivo na segunda etapa, tentando pressionar, mas teve dificuldade para criar chances claras. Mais organizado em campo, o Grêmio foi mais perigoso quando chegou ao ataque. Aos 14 minutos, quase ampliou com um chute forte de Cristaldo. Com o placar favorável, os gremistas controlaram a partida, neutralizando as investidas do adversário.
Mirasol cola na frente
O Mirassol mostrou que veio para ficar na elite do Campeonato Brasileiro. Na manhã deste domingo (1°/6), a equipe do interior paulista recebeu o Sport no estádio José Maria de Campos Maia, o Maião, e venceu por 1 x 0, pela 11ª rodada. O único gol da partida foi marcado pelo experiente lateral-esquerdo Reinaldo, de pênalti. Com a vitória, o Mirassol chegou a 17 pontos e encostou no G-6.
O Sport, por outro lado, começa a se complicar muito na tabela. O conjunto pernambucano segue como único time que ainda não venceu, com três empates e oito derrotas, e permanece na lanterna (20º), com três pontos. Esse é o pior início de campanha na era dos pontos corridos, superando o Athletico-PR, que chegou a 11ª rodada com cinco pontos em 2011.