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Com El Niño previsto pelos próximos 6 meses, 2024 deve ser ainda mais quente que 2023

Previsão é parte do relatório da Organização Meteorológica Mundial da ONU
Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

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Relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgado nesta quarta-feira (8) aponta que o fenômeno climático El Niño deve durar ao menos até abril de 2024. A previsão da agência da Organização das Nações Unidas (ONU) é de que o fenômeno, que se desenvolveu rapidamente em 2023, pode atingir seu pico no primeiro semestre do ano que vem.

O El Niño ocorre com frequência a cada dois a sete anos e se caracteriza pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico. Com duração média de 12 meses, gera um impacto direto no aumento da temperatura global. Isso deve fazer com que 2024 seja ainda mais quente que 2023, ano em que já foram registrados os dias mais quentes da história.

Esse recorde de elevação da temperatura do planeta foi atingido em razão de uma combinação de fatores, desde a junção de um El Niño excepcionalmente forte até a alta nas emissões de dióxido de carbono na atmosfera relacionadas às mudanças climáticas provocadas pelo homem.

O secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, alerta que eventos climáticos extremos como ondas de calor, secas, incêndios florestais e enchentes serão mais comuns em algumas regiões e podem gerar maiores impactos. “Ano que vem será ainda mais quente. Isso é uma consequência clara da contribuição crescente das concentrações de gases do efeito estufa provenientes de atividades humanas.

Desde maio deste ano, os registros térmicos no Oceano Pacífico Equatorial subiram de 0,5 °C acima da média para cerca de 1,5 °C acima da média em setembro.