No Brasil, a cada 7 segundos alguém é alvo de golpistas virtuais, segundo o Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian. No momento de pânico, em que não se consegue raciocinar e reagir da melhor forma, ter conhecimento sobre o que fazer é fundamental.
Muitas vezes as vítimas de um crime digital não sabem o que fazer ao perder controle de suas redes sociais ou dados e, por isso, o GPS|Lifetime trouxe o CEO do escritório de advocacia JRCLaw, Jean Cioffi, para esclarecer 5 passos a serem tomados para neutralizar o ataque criminoso e reagir.
![Hacker (Foto: Clint Patterson/Unsplash/Reprodução)](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/Reproducao_8c78e07380.jpg)
>”A pessoa se sente impotente e vulnerável, não sabe a extensão do que pode acontecer na vida pessoal e profissional. Os criminosos notaram que é mais fácil fingir ser outra pessoa e aplicar golpes em terceiros. Tem sido muito comum o sequestro de redes sociais e a roupagem tem sido a mesma: roubam as contas, postam como se estivessem vendendo equipamentos e aplicam golpe nas pessoas que se interessam por eles”, afirma Jean Cioffi.
Com o avanço da Lei Geral de Proteção de dados (LGPD) e do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GPDR), grandes empresas que coletam dados estão sofrendo multas e sanções como é o caso da Meta (dona do Facebook, WhatsApp, Instagram) e Google, por algum tipo de violação ou estarem em desacordo com as leis de proteção de dados.
Confira a seguir os 5 passos para se proteger após um ataque hacker:
1. Inicialmente, como não se sabe por onde ocorreu o ataque, é preciso trocar imediatamente as senhas que você tenha controle. Essa ação irá dificultar o acesso do criminoso. Aproveite e ative também a checagem dupla em aplicativos como WhatsApp.
2. Informe publicamente que está sendo alvo de um ataque criminoso e de que não confirma nenhuma informação exposta pelo bandido (prints, fotos, transferências). Denuncie à rede social que está sendo hackeado e peça ajuda de conhecidos para também denunciarem.
3. Não ceda às pressões e extorsões, por pior que pareça o prejuízo. Caso envie dinheiro, que seja uma quantia irrisória (R$ 0,01), apenas para ter acesso ao nome do criminoso ou do laranja usado.
4. Procure ajuda especializada com profissionais de tecnologia e da área jurídica para orientar as mudanças necessárias e as futuras medidas que podem ser tomadas.
5. Registre um Boletim de Ocorrência (é possível fazer isso online) na Polícia Civil, fornecendo todos detalhes que conseguir colher.
![Escritório (Foto: Alesia Kazantceva/Unsplash/Reprodução)](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/Reproducao_c89ca5a57d.jpg)
**Pedido de indenização**
Cioffi comenta que é possível até mesmo entrar com pedido de pagamento de indenização, pois há a responsabilidade do setor financeiro, que permitiu o uso de uma conta por um criminoso e, também, das empresas proprietárias das redes sociais.
Neste ano, a Emenda Constitucional 115/2022, publicada em 10 de fevereiro, passou a elencar a proteção de dados pessoais como garantia fundamental do cidadão, um direito inviolável de todos brasileiros.
Por perceber o aumento de golpes pela internet a clientes, o JRCLaw criou uma célula de segurança digital, com duas frentes de atuação: prevenção, com consultoria de medidas a serem tomadas previamente; e reação, para os casos em que a pessoa foi vítima e não sabe como agir adequadamente para ter a reparação, tanto financeira quanto de imagem. Entre os crimes envolvendo os golpes nas redes sociais, estão o de roubo de identidade e tentativa de extorsão.
![Cybersegurança (Foto: David Rangel/Unsplash/Reprodução)](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/Reproducao_b8cc3f253e.jpg)
Para Cioffi, é essencial também orientar os filhos ou pessoas que tenham acesso aos mesmos eletrônicos que você. Mesmo assim, é importante ter em mente que a culpa não é da vítima. “Atitudes simples que ainda não fazem parte do cotidiano de todas pessoas podem ajudar a não acontecer uma invasão, mas elas não vão impedir. Os criminosos são cada vez mais criativos e engenhosos”, avalia o advogado.
Veja algumas dicas de prevenção, que visam dificultar a ação dos criminosos:
– Criar senhas fortes e diferentes que sejam alteradas periodicamente (a cada 30 dias)
– Ativar a verificação em duas etapas quando disponibilizada
– Desconfiar de e-mails não solicitados que peçam cliques em links ou download de arquivos
– Ficar de olho no remetente para ver se o endereço condiz com a empresa que representa
– Mudar o nome do aparelho para que não seja identificado nos casos em que ativa o Wi-Fi em ambientes compartilhados, principalmente se você for uma pessoa conhecida