GPS Brasília comscore

Com 12 horas de votação, urnas são fechadas na Venezuela para eleições presidenciais

Após intensa mobilização, contagem dos votos começará e oposição se prepara para fiscalizar votos
Nicolas Maduro
Nicolas Maduro, presidente da Venezuela | Foto: Reprodução

Compartilhe:

Exatamente às 19h, no horário de Brasília, neste domingo (28), as urnas das eleições presidenciais na Venezuela foram oficialmente fechadas. A partir desse horário, somente eleitores que já se encontravam nas filas dos centros de votação têm a oportunidade de registrar o voto.

Até às 17h (horário de Brasília), pelo menos 54,8% dos eleitores teriam comparecido às urnas. O registro supera os 46% de comparecimento contabilizado nas últimas eleições, em 2018. Na Venezuela, o voto não é obrigatório.

A contagem dos votos terá início imediatamente e deverá continuar até a madrugada de segunda-feira (29), com o resultado final sendo anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão responsável pela supervisão das eleições no país, assim que houver os números oficiais.

A eleição deste ano é considerada histórica e potencialmente transformadora, com a possibilidade de encerrar mais de 20 anos de regime chavista no poder, com o comando de Nicolás Maduro.

A participação popular tem sido intensa, com grandes filas e uma mobilização maciça em todo o território venezuelano. A oposição, liderada por Edmundo González, que se opõe ao governo de Maduro, é a grande favorita, até agora, segundo as pesquisas eleitorais.

O CNE, equivalente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil, será responsável por divulgar o resultado oficial. No entanto, a equipe de González realizará uma contagem paralela dos votos, baseando-se nas atas impressas dos centros de votação para garantir a transparência do processo.

María Corina Machado, uma das líderes da oposição, incentivou os eleitores a acompanharem de perto a contagem dos votos.

“É hora de você ver como seu voto é contado, voto por voto”, escreveu Machado em sua conta no X (antigo Twitter).

Muitos eleitores seguiram o chamado e se reuniram nas proximidades dos centros de votação para garantir que o processo seja monitorado de forma adequada.

A eleição tem sido marcada por controvérsias, incluindo alegações de interferência no processo eleitoral, como a impossibilidade de registro de algumas candidaturas e a prisão de opositores.

Apesar de ter anteriormente ameaçado com “banho de sangue” e “guerra civil” em caso de derrota, Nicolás Maduro adotou um tom mais conciliador neste domingo, afirmando que está disposto a reconhecer o resultado popular.

Candidatos

Edmundo González, de 74 anos e ex-diplomata, foi escolhido pela coalizão Plataforma Unitária Democrática (PUD) após as candidaturas de María Corina Machado e Corina Yoris serem bloqueadas. A decisão pela candidatura dele reflete a dinâmica conturbada do processo eleitoral venezuelano.

Por outro lado, o chavismo começou com Hugo Chávez, que governou a Venezuela de 1999 até sua morte em 2013, exceto por um breve período em 2003, quando enfrentou uma tentativa de golpe.

Desde então, Nicolás Maduro, seu sucessor, tem ocupado a presidência, e agora a Venezuela enfrenta um momento polarizado que pode determinar o futuro político do país vizinho.

 

Últimas

Política