As equipes estão trabalhando 24 horas para prestar ajuda e apoio às pessoas afetadas pela tempestade Daniel que assolou o leste da Líbia. Foto: Divulgação/Libyan Red Crescent
Autoridades da Líbia retiraram moradores de Derna, a cidade inundada por enchentes no início desta semana, e limitaram o acesso ao local nesta sexta-feira (15) enquanto equipes de busca escavavam lama e destroços de construções na tentativa de encontrar 10 mil pessoas que permanecem desaparecidas. O governo local já registrou 11 mil mortes por conta das inundações.
Montanhas de metal retorcido e de carros arrastados preenchiam as ruas de Derna, que estão cobertas de lama marrom. As equipes estão enterrando corpos em valas comuns fora da cidade e em cidades próximas, disse o ministro da Saúde do Leste da Líbia, Othman Abduljaleel.
Os corpos “estão espalhados pelas ruas, voltando para a costa e enterrados sob edifícios desabados e escombros”, disse Bilal Sablouh, gestor forense regional para África no Comitê Internacional da Cruz Vermelha. “Em apenas duas horas, um dos meus colegas contou mais de 200 corpos na praia perto de Derna”, disse ele. Os mergulhadores também estão vasculhando as águas costeiras da cidade.
As autoridades de saúde alertaram que a água parada abria a porta para doenças – mas disseram que não havia necessidade de apressar os enterros ou colocar os mortos em valas comuns, uma vez que os corpos normalmente não representam um risco em tais casos. Mais de mil pessoas já foram enterradas nessas condições. Enterros precipitados podem causar sofrimento mental duradouro para os membros da família, além de problemas sociais e legais.
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