Coluna Rodrigo Bastos: evolução no marketing médico

A classe médica sofria há alguns anos com o atraso em relação à regulamentação do marketing médico e às redes sociais. A última resolução que regulamentava a prática datava de 2011.

A nova resolução publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 13 de setembro, entrará em vigor a partir de março do ano que vem e liberou que profissionais médicos divulguem fotos de antes e depois, valores de consultas e expliquem como funcionam os tratamentos nas redes sociais, além de mostrarem seu dia a dia de trabalho.

Esse grande avanço já era esperado por toda a classe médica, uma vez que toda a classe estava ficando para trás em detrimento de outras categorias que já permitiam tal prática.

Os próprios pacientes já ansiavam por tal liberação, uma vez que atualmente não só nas redes sociais, mas em todas as plataformas de busca podem ser encontrados exemplos de outras classes profissionais expondo seus resultados. Um exemplo: ao fazer uma busca por um arquiteto(a) com a finalidade de contratar um projeto para sua casa ou empreendimento, você procura por um portfólio do profissional, correto?

Faz-se importante salientar que para o paciente, agora mais que nunca, será crucial ter um filtro aguçado devido ao volume crescente de publicações que estarão disponíveis nas redes sociais, destacando-se a importância também dos devidos registros no conselho regional de medicina (CRM) de cada estado, assim como o registro da especialidade (RQE).

A discussão em relação a tal liberação demorou mais de uma década pois na medicina o próprio corpo humano tira a previsibilidade de um resultado em virtude as condições peculiares de cada pessoa, tornando-se impossível a comparação uma indivíduo com outro.

Hoje mais do que nunca torna-se importantíssimo não se ater somente aos resultados, mas também à formação profissional, produção de conteúdo de qualidade e comportamento ético do profissional a ser escolhido como seu médico. 

@dr.rodrigobastosdf