Visitar Salvador é como conhecer nossas **origens**, mergulhar na nossa história. Além do **Carnaval**, os encantos da cidade são muitos. Os tradicionais **Elevador Lacerda, Pelourinho, Praça Castro Alves, Farol da Barra, Igreja do Bonfim** são paradas obrigatórias. Mas separei algumas outras dicas para explorar quando estiver em **terras soteropolitanas**. Prepare o coração, a emoção, os sentidos. E como diz o trecho de Chame Gente: _”Alegria, alegria é o estado que chamamos Bahia”_. **Axé!**
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**Charme hoteleiro**
No centro histórico de Salvador, a cem metros da famosa **Praça Castro Alves**, a fachada de um prédio no estilo _Art Déco_ chama a atenção pelo seu formato triangular – inspirado no **Flatiron Building**, de Nova York. Do lado de dentro, a elegante arquitetura tem história e é um convite a uma viagem no tempo, e os mais atentos vão lembrar de cenas do filme _Dona Flor e Seus Dois Maridos_. O **Fera Palace Hotel** foi inaugurado em 2017, mas a construção abrigou no passado o Palace Hotel, o primeiro de luxo da cidade, que viveu seus tempos áureos nos anos 1930 – e que ainda se mantém vivo em alguns detalhes, como nas lajotinhas brancas e pretas dos banheiros e nos pisos originais de taco de madeira e mármore. São 81 suítes e o destaque fica para a **Tower Suíte**, com vista para a **Baía de Todos os Santos**. Mas se não estiver hospedado nela, não tem problema, basta subir ao rooftop para curtir o visual acompanhado de um drink no Fera Lounge. E não deixe de saborear os pratos do restaurante **Omí**, da dupla de chefs baianos Fabrício Lemos e Lisiane Arouca.
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**Sabores baianos**
Falando nos chefs **Fabrício Lemos** e **Lisiane Arouca**, o casal movimenta a cena gastronômica de Salvador. Além do já citado Omí, a dupla assina as experiências gastronômicas do **Grupo Origem**, que tem três diferentes operações: **Origem**, **Ori** e **Gem**. Cada um tem seu estilo, mas convergem numa mesma característica: a identidade da gastronomia da Bahia. Localizados lado a lado, o Origem e o Gem podem ser aproveitados na mesma noite. Comece com um drink no minibar Gem, com carta assinada por **Izadora Fornari**, a Isadinha, que, assim como o menu dos chefs, prioriza matéria-prima baiana. Entre os drinks autorais, impossível não se apaixonar pelo **Senhor do Bonfim**, de vinho do porto branco, mel de cacau, campari e ervas, lindamente decorado com uma fitinha. Para começar, a sugestão é o _snack_ de costelinha suína, tarê, saladinha de chuchu, pimenta dedo de moça, amendoim e gergelim. Depois siga para o restaurante – e surpreenda-se com o menu degustação em 14 etapas montado diariamente de acordo com a sazonalidade dos ingredientes. Neste ano, conquistou a 52ª posição na lista **Latin America’s 50 Best Restaurants**. Em outro endereço, localizado no **Horto Florestal**, o Ori tem opções tanto de carne quanto de frutos do mar. Vale a pena saborear a carne de sol com pirão de leite e tropeiro de cuscuz. E como a expertise de Lisiane é a confeitaria, não deixe de degustar alguma sobremesa. Seja qual for a sua escolha, será uma explosão de sabores.
@restauranteorigem | @minibargem | @orisalvador
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**Uma tarde em Itapuã**
À beira-mar, o suntuoso farol de 21 metros de altura pintado de vermelho e branco é um dos cartões-postais de Salvador. Atravessando a rua, o destino é a** Casa di Vina**. Na parede logo na entrada, um convite emoldurado: _“O ninho está pronto. Fica no Jardim Encantamento, Farol de Itapoan”_, assinado pela atriz baiana **Gessy Gesse** e pelo poeta carioca **Vinicius de Moraes**. Foi ali que o poetinha viveu nos anos 1970. Hoje, a casa é um hotel e abriga um restaurante aberto ao público. Antes de sentar para saborear as delícias do menu – destaque para o Risoto de Caipirinha, com camarão, alcaçuz, limão, hortelã e cachaça – vale uma volta pelo local para conhecer um pouco mais da história da Bossa Nova por meio de objetos e textos de Vinicius, como violão e a máquina de escrever. Se der sorte, a Suíte Vinícius estará desocupada e poderá ver o quarto onde o artista costumava dormir, com fotos e objetos originais. Uma ótima opção para _”passar uma tarde em Itapuã…”_
@casadivinabahia | www.casadivinabahia.com.br
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![Fotos: Tatiana Azeviche – Setur BA](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/colunamarcella_foto14_eecfacdf99.jpg)
**Se for de paz, pode entrar**
Rua Alagoinhas, 33, no boêmio bairro do Rio Vermelho. Azulejos identificam o endereço, com dois corações entrelaçados com os nomes **Zélia** e **Jorge**. **A Casa do Rio Vermelho**. Foi ali que o casal de escritores Zélia Gattai e Jorge Amado viveu. Hoje, a casa-museu é aberta ao público para conhecer mais da história e obra da dupla. Um lindo jardim dá as boas-vindas. A casa tem clima de veraneio, cheia de referências artísticas e a cara dos donos. Quadros, artesanato, cores, esculturas, muita arte, roupas, objetos pessoais. Incontáveis cantos têm azulejos, como a escada de mosaicos, ideia da arquiteta **Lina Bo Bardi**. É uma viagem no tempo ler as cartas trocadas entre Zélia e Jorge com amigos. Vídeos dão ainda mais vida ao espaço: seja a cozinheira **Dadá** ensinando uma receita (que você pode receber por e-mail) ou personalidades lendo trechos de livros de Jorge. Antes de ir embora, ou no meio do passeio, a cafeteria é um convite para tomar um café e aproveitar o clima da residência. Tudo ali é tão vivo que apreciar a vista com a xícara em mãos é se perder na imaginação e, por um segundo, imaginar o casal chegando para compartilhar a mesa com você. _”Na Europa me chamam de mestre, mas é caminhando pelas ruas de Salvador que me sinto à vontade”_, dizia Jorge Amado. Passeio imperdível.
@casadoriovermelho