Há algumas semanas, **Kevin Germanier** se apresentou pela primeira vez na **Semana de Moda de Paris**, porém, não foi apenas o nome do francês que repercutiu em consequência da apresentação, afinal, **Gustavo Silvestre** foi o responsável por preparar 20 peças de **crochê** com a ajuda de mulheres **trans** e **refugiadas** para a _collab_ no show de Germanier.
Apesar do burburinho do momento, a caminhada de Gustavo não começou agora no universo da moda. Nascido em **Recife**, o designer, artista, artesão e professor pós-graduado carrega a técnica do crochê para o campo da experimentação dentro do pensamento da **arte, moda e sustentabilidade**.
Enquanto as crianças da sua idade queriam apenas brincar com os colegas na rua, desde jovem, Gustavo se lembra de observar as mulheres de sua família crochetando — prática que sempre lhe afirmaram ser “coisa de mulher”. Décadas se passaram e o recifense se tornou um brilhante **profissional** do crochê.
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Atualmente, além de ser um nome conhecido na moda **nacional**, com o projeto e escola _Ponto Firme_, Gustavo desenvolveu coleções com detentos, egressos do sistema penitências e pessoas em situação de **vulnerabilidade** social, também reaproveitando materiais e resíduos, com experimentação com **miçangas**, correntes e materiais de descarte que são trabalhados com o crochê.
Além da veia **sustentável** de suas criações, essa abordagem **social** foi um dos responsáveis pelo despertar do interesse dos franceses, incluindo Kevin, em relação ao espaço do jeito e à parceria no Paris Fashion Week.