CLDF deve votar novo PDOT em novembro, afirma Wellington Luiz ao GPS|TV

Presidente da Câmara Legislativa participou de entrevista do novo canal de conteúdo do GPS|Brasília

Em entrevista ao GPS|TV, o presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Wellington Luiz (MDB), confirmou que a Casa irá votar, ainda neste ano, o novo Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT). Segundo o deputado distrital, a votação em plenário da proposta deve ocorrer na segunda quinzena de novembro.

“O PDOT estava parado há mais de uma década e, desde agosto, está em tramitação na Câmara. A expectativa é votar na segunda quinzena de novembro e entregar mais esse avanço para a população e o setor produtivo”, antecipou o parlamentar.

O PDOT é o principal instrumento de planejamento urbano de Brasília, estabelecendo regras para o uso e ocupação do solo, a expansão da cidade e o desenvolvimento sustentável.

O plano vigente data de 2009 e deveria ter sido revisado alguns anos depois, mas a atualização foi adiada, em parte, devido à pandemia. Recentemente, o texto foi aprovado pelo Conselho de Planejamento Territorial Urbano do DF (Conplan), com 32 votos favoráveis e uma abstenção.

Confira a íntegra da entrevista: 

PPCUB

Durante a entrevista, o deputado distrital destacou que foi durante a sua presidência que o Plano de Preservação e Controle Urbanístico de Brasília (PPCub) finalmente saiu do papel.

“Era um projeto engavetado desde 2011. Conseguimos aprová-lo com ampla discussão, garantindo que Brasília cresça com responsabilidade. É um legado político importante.”

O PPCUB define regras para construções, reformas e ocupação do solo em áreas tombadas da capital, garantindo a preservação do patrimônio histórico e arquitetônico de Brasília. O plano estabelece parâmetros de altura, volumetria, recuos e uso dos imóveis, equilibrando desenvolvimento urbano e proteção do legado planejado por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. 

Confira outros trechos da entrevista com o presidente da CLDF

O clima político na CLDF em 2025 tem sido intenso. Como o senhor tem feito para manter o diálogo e o equilíbrio?

Nosso perfil é diálogo e respeito. Fui eleito e reeleito por unanimidade, inclusive com seis meses de antecipação, exatamente porque prevalecem essas duas características no nosso cotidiano.

O clima está mais aquecido, mas isso faz parte do processo político. Quando há diálogo e respeito, todos os problemas acabam sendo resolvidos. O importante é nunca perder essa capacidade de dialogar.

Recentemente, a Mesa Diretora, da qual o senhor é presidente, encaminhou o pedido de suspensão do deputado Daniel Donizet para a Corregedoria e o Conselho de Ética. Por que não houve suspensão imediata?

Primeiro, não cabe suspensão imediata. O processo exige cumprimento de um rito. A Procuradoria-Geral da Câmara opinou pelo arquivamento, não encontrando fundamentação para prosseguir, mas a decisão é da Mesa Diretora. Dois parlamentares pediram vistas e solicitaram pena de suspensão em vez de arquivamento. A Mesa acatou o pedido da Procuradoria da Mulher em três quesitos, permitindo o prosseguimento do processo, que pode resultar em suspensão de 30 dias.

Então, o rito será sempre esse, mesmo para outros casos, como o do deputado Daniel de Castro, que foi condenado pelo TJDFT por difamação? 

Exatamente. O rito é regimental: Corregedoria, Conselho de Ética e plenário. Pode haver arquivamento ou prosseguimento. No caso do deputado Daniel de Castro, a condenação ainda não transitou em julgado, e ele certamente vai recorrer.

Sobre a aprovação do projeto que viabilizou a aquisição do Banco Master pelo BRB, por que a votação foi tão rápida?

Esse projeto vinha sendo discutido há seis meses. Desde o início, defendemos que deveria passar pela Câmara. Quando o Tribunal de Justiça determinou isso, já havia ampla discussão técnica. A votação célere foi também por questão de prazo: havia risco de decisão do Banco Central e de descumprimento de ordem judicial, o que inviabilizaria o processo.

Como presidente do MDB-DF, o partido já definiu apoio à sucessão de Ibaneis Rocha?

Hoje temos duas candidaturas definidas: Ibaneis Rocha para o Senado e Celina Leão para o governo. O MDB precisa ser ouvido, mas a intenção é apoiar a vice-governadora. Não há interesse em lançar candidatura própria neste momento. Nosso objetivo é apoiar Celina Leão.

O MDB-DF tem perfil mais de centro-direita, mas o partido compõe o governo Lula. Como está essa relação?

O MDB-DF tem ótima sintonia com o MDB Nacional. Tenho diálogo direto com o presidente Baleia Rossi. Nossa característica é conversar com todos — esquerda, centro e direita. O eleitor quer resultado, não ideologia.

E sobre a paridade salarial entre Polícia Civil e Polícia Federal, como estão as negociações?

Estamos usando diálogo e todos os instrumentos possíveis. A paridade é um direito claro, os recursos já foram liberados pelo governador, e cabe à União formalizar. Se houver negativa, os policiais não cederão. Eu mesmo, como ex-sindicalista, não fugirei da luta para garantir esse direito histórico.

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Edição 42

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