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Cirurgia robótica na coluna já tratou mais de 60 pacientes em Brasília

Procedimento foi realizado pela primeira vez em novembro de 2022 na capital federal

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Mais de 60 pacientes que sofrem com problemas na coluna já foram submetidos a cirurgias robóticas de sucesso desde que o procedimento inovador chegou a Brasília há pouco mais de um ano, em novembro de 2022. Um dos cirurgiões-ortopédicos responsáveis por trazer a metodologia inovadora para capital federal, o médico Rodrigo Lima, explica que as operações garantem precisão na intervenção cirúrgica que é feita por uma pequena incisão, em que braços mecânicos são conduzidos, reduzindo riscos ao paciente e acelerando a alta hospitalar.

“Essa primeira cirurgia robótica de Brasília, realizada em 2022, também foi a primeira desse tipo na América Latina. O paciente submetido ao procedimento teve uma recuperação excelente e voltou às atividades normalmente em curto tempo”, lembrou Lima. “Hoje, a cirurgia robótica já é uma realidade no Brasil graças a nossa equipe, graças ao Grupo Santa que trouxe essa tecnologia para o Hospital Santa Lúcia. Então, já é uma rotina nossa usufruir dessa tecnologia”, explicou.

Segundo ele, quando se fala em “uma cirurgia 100% minimamente invasiva”, que é a definição dessa operação robótica de coluna, significa dizer que a única incisão necessária é feita no tecido cutâneo. “Você só faz pequenos cortes na pele e através deles é possível fazer toda a cirurgia dentro da coluna, tirar uma hérnia, fazer uma descompressão, inserir pinos e fazer uma artrodese (procedimento realizado para aliviar dor), tudo sem precisar cortar o músculo”, esclareceu.

Com isso, ele explicou que a recuperação dos pacientes é rápida, a dor no pós-operatório é menor e o tempo de internação também é reduzido com o retorno às atividades diárias. “O paciente volta a trabalhar em torno de duas semanas após a cirurgia, então, o ganho do paciente é muito grande”, disse o médico.

Para aprender a operar a tecnologia, o ortopedista contou que precisou adquirir novos conhecimento fora do Brasil. “Foi necessário elevar a curva de aprendizado para manipular o equipamento. Tive que ir para a Alemanha. Além disso, acompanhei um estágio nos Estados Unidos, onde tive o primeiro contato com essa tecnologia. Hoje, temos um sistema de treinamento para os cirurgiões que querem aprender em Brasília”, afirmou.

O médico explica que o equipamento para fazer a cirurgia robótica tem custo elevado, já que é bastante específico para esse tipo de operação. “O nosso equipamento veio da Alemanha e ele tem uma integração de software com a parte de uma robótica que faz toda a leitura do exame do paciente e traduz esses dados para dentro de um sistema em que o robô reconhece cada posição anatômica, então, consigo saber exatamente em que ponto deve ser feita a intervenção”, detalhou.

Quanto ao custo do procedimento, Rodrigo Lima disse que o valor varia de acordo com a cirurgia que será realizada, mas atualmente já existem planos de saúde autorizam o uso dessa tecnologia.