A influenciadora digital Cíntia Chagas entrou na Justiça, na última quinta-feira (17), para solicitar prisão preventiva do ex-marido, o deputado estadual Lucas Bove (PL). Ela alega descumprimento de uma medida protetiva de urgência prevista no artigo 24-A da Lei Maria da Penha.
A defesa de Cíntia argumenta que o parlamentar violou a determinação judicial ao comentar publicamente sobre o processo e o relacionamento passado.
De acordo com os advogados de Cíntia, Lucas Bove desrespeitou a proibição de falar sobre o caso em redes sociais e entrevistas.
“Cumpre frisar que muitos homens que são acusados de violência contra mulher, quando estão em algum cargo de poder, acabam por usar essa influência, achando que nada vai acontecer, transgridem a lei, debocham das advogadas da vítima e da própria Justiça”, declarou a defesa.
Por outro lado, a defesa do deputado Lucas Bove classificou as acusações como infundadas e o pedido de prisão como uma reação a um requerimento anterior feito por Bove, que solicitava que Cíntia fosse proibida de comentar o processo publicamente. A equipe jurídica do parlamentar afirmou que ele não tinha conhecimento do inquérito policial e não desrespeitou as medidas protetivas impostas.
Em nota, a defesa do deputado afirmou que “os advogados do Deputado Lucas Bove repudiam e contestarão no processo o incabível pedido formulado pela sedizente vítima”.
Ainda segundo a nota, Bove apenas exerceu seu direito à liberdade de expressão ao se manifestar publicamente, respeitando as determinações judiciais e se comprometendo a não fornecer detalhes sobre o caso. A defesa também assegura que o deputado seguirá respeitando as decisões da Justiça e que “a verdade aparecerá”.
O pedido de prisão preventiva está sendo analisado pela Justiça, e o caso segue em andamento.