Cia Néia e Nando: 25 anos divertindo as crianças de Brasília

Desde abril de 1999, quando chegaram à capital brasileira para animar o aniversário de uma sobrinha, Alcinéia Paz e Armando Villardo, conhecidos artisticamente como Néia e Nando, têm sido os responsáveis por encantar gerações com suas peças teatrais.

Néia começou no teatro, no Rio de Janeiro, ela foi substituir uma amiga em uma peça e conheceu Nando. Essa história de amor e parceria artística os trouxe para Brasília, onde eles deram vida à Companhia Teatral Néia & Nando.

Uma parte essencial dessa jornada foi o Teatro da Escola Parque, que durante 22 anos acolheu as apresentações da companhia. O casal encantou o público naquele local, mas também contribuiu para melhorar as instalações do teatro.

“Durante anos, separamos um percentual da bilheteria das apresentações para reformar o espaço. Nosso sonho era proporcionar ao público espetáculos de qualidade em um local confortável e climatizado”, revela Néia Paz.

Atualmente, a cia conta com uma trupe de 60 integrantes, entre atores, figurinistas, costureiras, maquiadores, contrarregras, coreógrafos, iluminadores, sonoplastas, produtores, escritores, roteiristas. Além disso, são 200 produções prontas para serem encenadas.

No final de março deste ano, um revés abalou a companhia. Um incêndio consumiu 70% do acervo de figurinos, um golpe doloroso para uma companhia que construiu sua identidade fazendo a alegria de crianças por toda a Capital.

Mas, como verdadeiros artistas, Néia e Nando não se deixaram abater. Em um esforço conjunto para se reerguer, que contou com amplo apoio popular por meio de doações, eles decidiram retomar as apresentações no Teatro da Escola Parque. O primeiro espetáculo após o incidente será ‘O Rei da Savana’, agendado para os dias 27 e 28 de abril, às 17h.

Os ingressos para essas apresentações já estão disponíveis, com um propósito ainda mais nobre do que apenas entreter. Todo o valor arrecadado será destinado à reconstrução do acervo de figurinos, uma forma de recuperar o que foi perdido, e também de mostrar que a arte pode superar até mesmo os momentos mais difíceis.