Nesta terça-feira, 11, a jornalista Christiane Pelajo, em parceria com mais de 40 mulheres, lança em Brasília o livro Uma sobe e puxa a outra: histórias reais para impulsionar mais mulheres. O evento acontecerá na Livraria Travessa, no Casa Park, às 19h.
A obra nasceu a partir de um grupo de networking chamado “Uma sobe e puxa a outra”, criado há oito meses e formado por 256 mulheres de diferentes áreas de atuação, idades, origens, raças e geografias, focado na troca de experiências, apoio mútuo e generosidade.
Além de Christiane Pelajo, Dea Mendonça, Flávia Lippi, Luciana Herrmann Pierri e Natasha de Caiado Castro estiveram na coordenação do livro. A obra reúne histórias autobiográficas de 44 coautoras que emocionam e inspiram do começo ao fim.
“Acreditamos na importância de dar visibilidade às diferentes problemáticas enfrentadas pelas mulheres, demonstrando que não estamos sozinhas. Com a força do coletivo, temos a possibilidade de encurtar o tempo para chegarmos a um mundo com equidade de gênero”, afirma Christiane Pelajo, coordenadora da obra.
O GPS Lifetime conversou com a jornalista, que contou um pouco sobre o livro e planos para o futuro.
1. Como foi coordenar este livro?
Coordenar o livro e ser uma das autoras foi uma das tarefas mais incríveis da minha vida! As autoras são mulheres absolutamente extraordinárias, que me inspiram todos os dias no nosso grupo e agora nas páginas desse livro. Lágrimas pulavam dos meus olhos a cada capítulo que chegava, e ainda pulam quando penso no que conseguimos fazer num tempo tão exíguo.
Fizemos o pré-lançamento do livro em 13 de março, no SXSW, o maior festival de inovação, tendências e criatividade do mundo, que acontece todo ano, em Austin, no Texas. Dez das 44 autoras estavam lá. O sucesso foi tão grande que tinha fila na porta e muita gente não conseguiu sequer entrar na sala.
O sucesso que se repetiu, em proporções gigantescas, no lançamento oficial, que aconteceu na Livraria da Vila, no Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. Em duas horas, vendemos todos os livros disponíveis na livraria. Tinha fila até para entrar no estacionamento do shopping. E já somos best sellers! Jamais, nem no meu maior sonho, imaginei que chegaríamos lá já na primeira semana do lançamento oficial. E tem muito mais.
Participar desse livro e escrever o meu capítulo sobre a doença que tive, foi muito terapêutico. Mil sessões de análise em 8 páginas.
2. O que esse livro significa socialmente para a mulher?
Quanto mais mulheres contarem as suas histórias, mais pessoas serão afetadas positivamente. Queremos puxar e ajudar o maior número possível de leitores. Eu acredito muito na força do coletivo, da colaboração. Ao contrário do que diz o ditado, ninguém chega mais rápido se for sozinho. Chegamos mais rápido e mais longe se formos juntas.
O livro é mais uma prova disso: apenas um mês depois da ideia, ele foi publicado. Isso aconteceu porque tínhamos um grupo unido de coordenadoras, autoras, editores, colaboradores e apoiadores. As mulheres envolvidas nesse projeto e a equipe da Literare Books, que editou o livro, foram absolutamente fundamentais para que o nosso sonho se transformasse em páginas.
É uma obra muito abrangente, que toca no coração de todos os leitores. Algumas autoras escreveram sobre suas vidas profissionais, outras sobre episódios pessoais e outras ainda misturaram os dois. Como diz o Edu Lyra, na orelha, “esse livro não pode ser apenas uma obra, ele precisa ser um manual. Um manual que nos ensinará e nos mostrará que temos um novo caminho a seguir, muito mais justo e igualitário.”
4. Qual história do livro mais te marcou?
Todas as histórias são muito especiais. Cada uma tem sua particularidade e toca o leitor de uma forma diferente. Eu não saberia escolher apenas uma! Se você já passou por algum tipo de preconceito, tem histórias que vão te tocar profundamente. Se você já sofreu com alguma doença ou passou por isso com alguém que ama, outras histórias serão mais especiais para você! Se você tem algum tipo de deficiência ou convive com alguém que tenha, vai se emocionar com alguns episódios do livro. A minha sugestão é: prepare o lenço e leia com o coração aberto.
5. Como foi feita a curadoria das histórias e as escolhas das autoras?
Era sexta-feira de Carnaval, 17 de março de 2023, quando eu tive a ideia de fazer um livro colaborativo com mulheres do Grupo Uma Sobe e Puxa a Outra, que foi criado em julho do ano passado pela Natasha de Caiado Castro (fundadora de quatro empresas globais e dona da WISH International Events Management).
Entrei no WhatsApp do grupo para contar a minha ideia e me deparei com as mensagens da Flávia Lippi (escritora, jornalista e integrante do Grupo Uma Sobe e Puxa a Outra) e da Luciana Herrmann Pierri (alta executiva da Nissan e também integrante do grupo) sugerindo a mesma coisa. Ainda nesse dia, fizemos uma reunião online (nós 3 e a Natasha). E aó, decidimos que o livro reuniria relatos autobiográficos de mulheres, que pudessem inspirar e incentivar outras.
Convidamos todas as mulheres do grupo (na época éramos 256) para participar. Lutamos pela inclusão e pela diversidade, portanto, não foi um convite direcionado a algumas mulheres e, sim, a todas. Fechamos o primeiro volume com 44 mulheres e já estamos produzindo o segundo volume, com quase 50 autoras.
6. Como tem sido trabalhar no mercado editorial e o que você tem feito após sair do jornalismo de redação?
Uma grata surpresa! Principalmente com um livro colaborativo tão rico quanto o “Uma Sobe e Puxa a Outra”! Para quem quer entrar nesse mercado, a minha dica é procurar uma editora que abrace a sua causa e o seu livro. Foi exatamente o que a Literare Books fez com a gente. Nos sentimos acolhidas e muito respeitadas em todo o processo!
7. Quais planos para o futuro?
Tenho muitos planos. Não pretendo voltar ao jornalismo de redação. Sou uma profissional de soluções. Crio estratégias através da comunicação. A minha ideia é propor um novo caminho para o setor empresarial se comunicar melhor, partindo do princípio que uma comunicação eficaz ativa a equipe, que ativa negócios, que ativam vendas, que ativam lucros.
Além disso, atuo como apresentadora de eventos, lives, podcasts e videocasts. Faço trabalhos como mestre de cerimônias, mediadora de debates e talkshows. Também tenho realizado palestras, apresentado vídeos institucionais e faço campanhas publicitárias.
Sou completamente apaixonada por inovação e tecnologia, por isso criei e apresento o vídeocast TecnoTalk por Chris Pelajo. No programa semanal, falo sobre tecnologia, inovação, criatividade e tendências. As mulheres são as protagonistas! São sempre duas personalidades incríveis e inspiradoras, que fazem a diferença nesse universo tecnológico num bate-papo cheio de informação e super descontraído!
O programa de estreia foi gravado em Austin, no Texas, dentro do Espaço TikTok durante o SXSW.
