A China inicia neste sábado (12) a aplicação de tarifas de 125% sobre produtos importados dos Estados Unidos. A medida é uma retaliação direta ao pacote de sanções comerciais imposto recentemente por Washington, que elevou para 145% as tarifas sobre itens chineses.
Em comunicado divulgado na sexta-feira (11), o Ministério das Finanças da China classificou as tarifas norte-americanas como uma “grave violação das regras econômicas e comerciais internacionais” e acusou os EUA de praticarem “intimidação e coerção unilateral”. Segundo o governo chinês, não haverá resposta a eventuais novas tarifas impostas por Washington.
Escalada nas tensões
A tensão entre as duas potências econômicas se intensificou após os Estados Unidos anunciarem a suspensão temporária — por 90 dias — de tarifas de importação para alguns países. A China, no entanto, ficou de fora da decisão e acabou penalizada com uma nova rodada de aumentos tarifários, sob a justificativa de ter adotado medidas retaliatórias anteriores.
Como resposta, além do aumento nas tarifas, Pequim suspendeu negócios com 18 empresas norte-americanas e restringiu a quantidade de filmes de Hollywood autorizados a entrar no país.
Em meio ao agravamento da crise diplomática, os Ministérios da Cultura e do Turismo e da Educação da China também recomendaram que cidadãos chineses evitem viagens aos Estados Unidos, citando “deterioração nas relações bilaterais”.
Impacto global
O recrudescimento da guerra comercial entre China e Estados Unidos acende um alerta para os mercados globais. Economistas avaliam que a escalada tarifária pode prejudicar a recuperação econômica mundial e gerar instabilidade nas cadeias de suprimentos, especialmente nos setores de tecnologia, energia e manufatura.
Enquanto isso, o cenário internacional segue atento a qualquer sinal de distensão entre as duas potências — o que, por ora, parece distante.